O advogado Ussiel Tavares, designado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para acompanhar o processo do caso Leopoldino, acredita que o Ministério Público Federal (MPF) pode acabar conseguindo um novo júri contra o empresário Josino Guimarães, devido ao resultado controverso da semana passada. O MPF protocolou nesta segunda-feira (05) recurso contra a decisão.
Tavares acompanha o caso Leopoldino desde que ele foi assassinado e explicou que, para um advogado como ele (embora não criminalista), não houve surpresa alguma com a decisão dos jurados. Embora se trate de um caso dos mais complicados para se elucidar, Tavares considera que o inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF) foi decepcionante.
Para ele, as diversas versões dadas por Beatriz Árias atrapalharam a elucidação do caso e provas importantes deixaram de ser colhidas no período logo após a morte de Leopoldino. Além disso, o caso foi envolto em muito “ouvi falar”, comenta o advogado.
Por essa falhas, o advogado analisa que o inquérito ensejou a absolvição de Josino. Por outro lado, a contradição na decisão dos jurados serve como argumento para o MPF conseguir um novo júri, analisa, porque a conclusão de que Josino foi autor intelectual do crime contra a vida do juiz Leopoldino deveria automaticamente conduzir à resposta negativa, por parte dos jurados, quando questionados se o empresário deveria ser absolvido.
Tavares também diz achar estranha a decisão da Justiça Federal que, após o tribunal do júri, concedeu a Josino um alvará de soltura. Preso, Josino havia sido condenado em setembro pelo mesmo magistrado da Justiça Federal porque tentou tumultuar o processo que o levou ao tribunal do júri na figura de réu.
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