Representantes das instituições envolvidas no controle da gestão pública do Estado estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (7), no auditório das Promotorias de Justiça de Cuiabá, em comemoração ao Dia Internacional de Combate à Corrupção. O evento foi organizado para encerrar o ciclo de trabalhos realizados durante os últimos três meses em alusão a data.
A presidente da Rede de Controle da Gestão Pública em Mato Grosso, procuradora-chefe da Procuradoria da República do Estado, Vanessa Cristhina Ribeiro Scarmagnani, apresentou um balanço dos eventos realizados entre os meses de outubro a dezembro, em alusão ao Dia Internacional de Combate à Corrupção.
Dentre as ações do MPF, ela citou as ações civis públicas que pedem o ressarcimento de custos das eleições suplementares contra prefeitos cassados de municípios do interior de Mato Grosso. Além disso, destacou o encerramento da caminhada organizada pelo movimento católico que levou cerca de 2.500 pessoas ao Parque Mãe Bonifácia; corrida e gincana dos trabalhadores do comércio; sessão especial na Câmara dos Vereadores de Cuiabá, entre outros eventos.
Para o coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá, promotor de Justiça Célio Joubert Fúrio, um dos participantes do evento, o momento atual exige mudanças de comportamento. “É um momento de reflexão, se não pensarmos e mudarmos o nosso comportamento, a sociedade não muda. É necessário repensarmos nossas ações e promovermos o enfrentamento diário em relação a esta questão”, destacou o promotor de Justiça.
O representante da Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União em Mato Grosso, José Ricardo Tavares Louzada, falou sobre as atribuições do órgão e apresentou as principais ações desenvolvidas. Ele citou que, por meio de uma atuação preventiva, a Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União em Mato Grosso conseguiu evitar que alguns lotes de obras contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) fossem executados de forma irregular.
Insatisfeitos
Os representantes da ONG Moral e do movimento Manifesta MT mostraram-se insatisfeitos com o encerramento das atividades de combate a corrupção. Pelo ponto de vista deles, a sociedade não teve chance de explanar os resultados dos quase três meses de trabalhos.
“Poderia ter aberto um pouco mais para a sociedade. Teve muitas autoridades e foram feitos trabalhos superficiais”, criticou Willian Rodrigo, membro do Manifesta MT.
A presidente da Rede de Controle da Gestão Pública em Mato Grosso explicou que os representantes foram avisados de que seria apenas um evento formal e que eles tiveram mais de 12 oportunidades de se manifestarem em audiências públicas.
“Foram 18 reuniões, entre ordinárias e extraordinárias, e eles foram convidados para todos [os eventos]. Este evento não era uma audiência pública, mas sim uma cerimônia formal”, finalizou a procuradora.
