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Eliana Calmon

“Sociedade apropriou-se do Conselho Nacional de Justiça”, afirma Calmon

28 Fev 2012 - 18:20

De Brasília - Vinicius Tavares / Da Redação - Renê Dióz

A corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) alcançou uma importância tão grande na sociedade por se tornar uma instituição capaz de atuar numa das esferas mais difíceis do poder público brasileiro, o julgamento de magistrados.


Durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, com a participação do senador mato-grossense Pedro Taques (PDT), Eliana Calmon respondeu questionamentos a respeito da Proposta de Emenda Constitucional que tramita no Senado e aumenta a possibilidade de o Conselho julgar magistrados acusados de irregularidades.

“A sociedade brasileira apropriou-se do CNJ. Os jovens usam a internet para defender o Conselho. O cidadão comum passou a reconhecer o papel do Conselho e este papel tem que ser fortalecido”, declarou a corregedora.

De acordo com a ministra e conselheira do CNJ, uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo Conselho é julgar seus próprios pares. “É exatamente aí que está a grande dificuldade, porque os tribunais não conseguem julgar seus próprios colegas. Isso acontece ao longo dos anos e ao longo das carreiras jurídicas. O problema é cultural”, enfatizou a corregedora.

Eliana Calmon também citou o processo envolvendo um ex-colega do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o qual nutria grande amizade, mas que foi denunciado num processo e teve de ser investigado pela própria.

“Eu freqüentava a casa dele, fui ao batizado dos filhos e era chamada de tia pelos mesmos. De repente, fui colocada na condição de julgadora desse juiz que era meu amigo”, comentou, ao falar da dificuldade para o CNJ cumprir seu papel constitucional.
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