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Domingo, 19 de maio de 2024

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Levantamento para detectar "inchaço" da Prefeitura pode resultar demissão em massa

Foto: Jardel Arruda - OD

Levantamento para detectar
Um recadastramento de todos os funcionários da Prefeitura de Cuiabá servirá como base para um “enxugamento” da máquina administrativa municipal, cujas secretarias estariam abarrotadas de funcionários contratado sem função real de trabalho. Ao fim deste levantamento, se for seguido o exemplo de secretárias menores onde este processo já foi feito, uma grande leva de demissões pode ser concretizada.


“Nós temos ter que coragem de assumir isso. Se encontrarmos funcionários que não estão trabalhando, que não tem uma função e estão ganhando dinheiro, vamos tentar eliminar. Queremos garantir que o dinheiro público seja pago a quem realmente trabalha”, afirmou o prefeito Mauro Mendes (PSB).

Na conta dos chefes

Segundo Mauro, que evita fazer críticas diretas aos gestores passados, é impossível saber o número exato de funcionários empregados por conveniência. “Todo mundo sabe que o serviço público no Brasil não é exemplar. Agora temos que resolver isso”, diz. 

Para evitar isso, ele pretende colocar a responsabilidade em cima dos secretários. “Depois de feito o recadastramento, quem ficar vai ter que ser avalizado pelos secretários. Eles (secretários) vão ter que assinar um certificado de que esses servidores estão indo trabalhar. Não temos dinheiro sobrando. Na verdade, temos faltando, e temos que garantir que será bem aplicado”.

Gente demais, serviço de menos

Por enquanto ninguém sabe exatamente o quanto a prefeitura está inchada devido ao tamanho do órgão público e o pouco tempo que a nova gestão teve para trabalhar, por enquanto. Mas nas pequenas secretarias, como a de Comunicação, a equipe de trabalho foi reduzida pela metade sem prejuízos aos trabalhos.

Na gestão passada, 32 funcionários eram lotados naquela pasta. Dois deles emprestados a outros órgãos públicos. Agora são 12, contando com motoristas e o chefe da pasta, o secretário Clenon Alves Borges. Mais da metade foram eliminados por serem considerados dispensáveis, ou mesmo porque nem compareciam ao serviço.

Durante a transição entre a administração do ex-prefeito Chico Galindo (PTB) a do prefeito Mauro Mendes foi divulgado que outra pequena secretaria, a de Cultura, também sofria com um inchaço. Dos 59 servidores, apenas 10 trabalhavam, segundo informou a equipe de transição. Esse foi um dos motivos que fez surgir a proposta de fundir esta pasta com a de Turismo.

Mais recentemente, o último secretário anunciado por Mauro Mendes para compor o staff, Carlos Brito, anunciou que algo parecido ocorre na Secretaria de Esporte e Lazer. Dos R$ 10 milhões disponíveis a pasta, R$ 7,5 estão comprometidos com pagamento de pessoal.

E a promessa?

Se a proposta de Mauro Mendes promete diminuir os custos da prefeitura para fazê-la funcionar de maneira mais eficiente, ela também contradiz uma promessa de campanha. Durante o pleito eleitoral de 2012, o atual prefeito distribuiu folhetos intitulados “Carta de Compromisso” aos funcionários públicos municipais garantindo a permanência de todos em seus postos de serviço.

Na carta compromisso, ele prometia manter todos os contratados e comissionados na prefeitura. A ideia, segundo a carta, era não desperdiçar a experiência desses funcionários e usá-los em prol de Cuiabá.


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