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Sábado, 20 de julho de 2024

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Para autor de emenda dos royalties, STF rejeitará ações contra nova lei

Para autor de emenda dos royalties, STF rejeitará ações contra nova lei
Autor da chamada "emenda Ibsen", que em 2010 deflagrou a polêmica sobre a divisão dos royalties do petróleo, o ex-deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) afirmou ao G1 estar convencido de que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não vão declarar a nova lei inconstitucional.


Com a derrubada nesta quinta dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional, os principais estados produtores de petróleo – Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo – perderão receita para os estados não produtores.

Governadores e parlamentares dos estados produtores anunciaram que entrarão com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a nova lei e a fim de anular a sessão do Congresso que derrubou os vetos.

“Eles [os estados produtores] vão perder também no Supremo. O texto da Constituição tem uma clareza absoluta. Os royalties não são compensatórios, discriminatórios ou indenizatórios. Também não têm nada a ver com a localização dos estados. Acho incrível que as pessoas não percebam que a carta constitucional diz que os royalties se destinam a todos os estados e ao Distrito Federal”, afirmou Ibsen Pinheiro.

Aprovada pelo Congresso em 2010, a emenda de Ibsen, elaborada em parceria com os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Humberto Souto (PPS-MG), previa a distribuição igualitária dos royalties do petróleo entre todos os estados e municípios, de acordo com critérios dos fundos de participação.

A lei não chegou a entrar em vigor porque foi vetada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

À época, Ibsen acabou se tornando alvo de protestos no Rio de Janeiro. Um bloco de carnaval chegou a malhar um boneco que representava o então deputado do Rio Grande do Sul.

Na avaliação do ex-parlamentar gaúcho, não haverá quebra de contratos, como argumentam os estados produtores, na medida em que, segundo ele, as concessões são firmadas diretamente entre a União e as empresas petrolíferas.

Comparando-se ao epidemiologista Oswaldo Cruz, cientista criticado no início do século 20 ao sugerir a vacinação obrigatória, Ibsen diz que o clima beligerante que se instalou no Congresso durante a votação dos vetos presidenciais são responsabilidade do governador do Rio, Sérgio Cabral. Para o ex-parlamentar, o governante fluminense “radicalizou”.

“As mudanças acontecem, e o Rio tem de aprender a acompanhá-las. O estado não tira uma gota sequer de óleo de seu território terrestre. O resultado desta quarta-feira foi consequência da intolerância e radicalização do Rio e do governo federal, que deixaram a questão se politizar. Espero que esse episódio tenha sido didático”, afirmou
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