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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Lésbicas fazem caminhada na Av. Paulista um dia antes da Parada Gay

Um dia antes da 17ª edição da Parada Gay de São Paulo, que acontece neste domingo (2), a Avenida Paulista foi palco da 11ª Caminhada de Lésbicas e Bissexuais contra a violência e preconceito. A concentração

começou por volta das 12h30 deste sábado (1º), no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde começará também a Parada Gay. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 1.500 pessoas participam da marcha.

Carregando cartazes com dizeres como "basta de machismo, chega de racismo, fora lesbofobia" e "violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer", o grupo pedia o fim do preconceito e respeito aos direitos.
As mulheres começaram a batucar, convocando as pessoas que passavam a se juntar no protesto. Algumas pegaram o microfone e gritaram "fora Feliciano", em referência ao deputado federal do PSC-SP que preside a comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Outros participantes, inclusive homens, travestis e estrangeiros usaram o microfone para discursar antes de começar a caminhada, defendendo os direitos e criticando o preconceito contra o relacionamento entre duas mulheres.

Saíram em caminhada às 14h15 com uma bandeira de arco-íris gigante e gritando "abre alas que as mulheres vão passar, com essa marcha muita coisa vai mudar". A manifestação ocupou a faixa de ônibus mais uma faixa da pista sentido Rua da Consolação da Paulista e, depois, a faixa sentido Centro da Rua Augusta. As manifestantes pediam para que limpassem o lixo do chão para não deixar a cidade suja.

Célia Alldridge, militante em São Paulo da Marcha Mundial das Mulheres, diz que todas devem ser livres. “Estamos aqui pra desmascarar a lesbofobia, exigimos o direito de ir e vir livremente”, disse. “O casamento só não basta, queremos transformação social e mudar o mundo que vivemos e o sistema que nos mantêm prisioneiras dentro da nossa casa.”

A marcha é um movimento aliado. Tal como a Marcha, acreditamos na ocupação di espaço público, de mostrar nossa cara e fazer barulho. Queremos dialogar com a sociedade e provocar um pouco e tirar um pouco da invisibilidade que sofremos como mulheres no geral, e principalmente por sermos lesbicas e bissexual.

A estudante Beatriz Nunes Campello, de 18 anos, participa pela primeira vez da caminhada. " Temos que lutar pelos direitos. Fui muito segregada por ser diferente e acho que as pessoas têm que aceitar as diferenças.”
Não apenas homossexuais participaram da caminhada. A empresária Manuela Nunes, de 42 anos, é heterossexual e fez questão de ir para protestar contra todos os tipos de discriminação. "Seria muito melhor para o nosso mundo se não houvesse preconceito."

O ato está previsto para terminar na Praça Roosevelt, com shows das cantoras Joana Flor e Luana Hansen, das bandas Dona Selma vai à Feira, Anti_corpos e Santa Claus e dos DJs Barbara Deister e DJ Lix.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) monitora o trânsito na região desde o começo do evento até as 21h deste sábado. Por causa da marcha, sete linhas de ônibus tiveram seus itinerários alterados e, além disso, foram feitos bloqueios temporários nas vias durante a passagem dos manifestantes.
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