Pelo menos 100 bairros de Cuiabá enfrentaram abastecimento irregular de água tratada, periodicamente. Como os dados ainda estão ‘soltos’, a Comissão Especial de Acompanhamento da CAB na Câmara de Cuiabá criou mecanismos para receber denúncias que permitam a elaboração do ‘Mapa da Escassez’ de água tratada na Capital mato-grossense, dentro de aproximadamente 45 dias.
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O presidente da Comissão Especial, vereador Toninho de Souza (PSD), explica que a idéia é mapear os pontos críticos de falta de água, já que as reclamações são generalizadas. “Temos de identificar onde a situação é mais grave e o que é que a CAB tem feito no cumprimento do contrato”, argumenta Toninho.
Pare receber denúncias de falta de água que ajudem no mapeamento, os vereadores Toninho de Souza, Domingos Sávio (PMDB) e Oséias Machado (PSC) disponibilizaram os telefones de seus gabinetes, de segunda a sexta-feira, no horário comercial, para anotar as reivindicações dos bairros. “É um termômetro importante para o trabalho da comissão”, reconhece Toninho.
Por seu turno, Oséias machado confessou-se alarmado com o volume de reclamações, mesmo com a pouca divulgação dos telefones dos gabinetes. Ele recebeu reclamações do Pedra 90, Osmar Cabral, Planalto, Altos da Serra e Três Barras. “Os reclames vêm de todas as regiões e demonstra uma situação muito grave”, aponta Oséias, por considerar a água um bem essencial à vida.
A previsão contratual de que o sistema de abastecimento de água seja universalizado pela CAB Cuiabá é de dois anos, a contar de abril do ano passado.
A Comissão Especial de Acompanhamento e Fiscalização do Saneamento na Câmara de Cuiabá foi criada para sepultar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), solicitada pelo vereador Domingos Sávio Parreira (PMDB), que chegou a ter 17 assinaturas de parlamentares. Foi a segunda CPI da CAB engavetada pelo Legislativo da Capital: a primeira, de autoria do vereador Chico 2000 (PR), foi aprovada, mas nunca chegou a ser instalada. Como ‘prêmio’, Chico 2000 se tornou vice-líder do Executivo na Câmara, a convite do prefeito Mauro Mendes (PSB).
Somente a instalação de dos macromedidores nas tubulações de água bruta e água tratada estão em andamento. O equipamento permite monitorar o volume de água produzido visando o combate a perdas.
Outro lado
A CAB informou, via assessoria, que a vai aguardar a elaboração do ‘Mapa da Escassez’, pela Câmara de Cuiabá, para se pronunciar à reportagem do
Olhar Direto. A empresa assegura que tem cumprido com o máximo de fidelidade possível o contrato firmado com a Prefeitura Municipal, em abril do ano passado.
Todavia, a assessoria da CAB orienta que, para reduzir o impacto de eventual esscassez de água sobre o cotidiano, a população deve saber armazenar e, principalmente, ter consciência da necessidade de economizar no uso de água.
