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Domingo, 28 de abril de 2024

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Em preto e vermelho: conheça a Frente Anti-fascista de Mato Grosso

Foto: Stéfanie Medeiros

Em preto e vermelho: conheça a Frente Anti-fascista de Mato Grosso
Eles se destacam entre as pessoas mesmo se vistos de longe. Os cortes de cabelo, as roupas pretas, vermelhas e jeans, as bandeiras anarquistas, comunistas e libertárias e, em dias de protestos, os rostos da maioria cobertos com camisetas ou máscaras.


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Enquanto todos os outros gritam por uma democracia mais justa e um governo livre de corrupção, eles pedem e clamam pelo fim do Estado, pelo fim das fronteiras: em resumo, pelo fim do Brasil como o conhecemos. Sim, é isto que a Frente Anti-fascista de Mato Grosso quer e pelo o que ela luta.

Há a concordância entre eles de que o patriotismo é o que dá as bases para o fascismo. “É o patriotismo que faz o homem pobre de um país matar o homem pobre do outro”, disse um dos integrantes da Frente que se denomina apenas de “Major”, também estudante da Universidade Federal de Mato Grosso e membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Unindo-se ao protesto “Independência de quem?”, que aconteceu no sábado (07), na Praça das Bandeiras, foi a Frente Anti-Fascista que puxou a caminhada com seus gritos de “Poder ao povo!”. Ao chegar ao desfile cívico em comemoração à independência do Brasil, foram seus membros que ficaram cara a cara com a barreira de policiais militares, discutindo, debochando, revoltando-se e, por fim, negociando a passagem até as apresentações.

Major explicou que os membros da Frente, apesar de todos pertencerem ao mesmo movimento, têm ideologias diferentes. Alguns são socialistas, outros anarquistas e alguns libertários. Ele, pessoalmente, denomina-se socialista. Mas o que eles têm em comum é a não identificação com o Estado atual. “Nós não nos reconhecemos enquanto Estado, e sim como classe proletária”, disse.

São também contrários ao voto, que, segundo Major, é “um gasto de dinheiro desnecessário”. Quando um dos integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral pediu assinaturas para o projeto Eleições Limpas, Major limitou-se a dizer que não, pois não acreditava na democracia.

Major ainda explica que organizar a Frente Anti-Fascista em Cuiabá é muito complicado, pois de todo o Brasil, é o que ele considera uma das capitais mais conservadoras de nosso país. Por isso, apesar de ser um movimento específico com reivindicações próprias, juntam-se a outros grupos para protestar.
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