Mais um incêndio aconteceu nesta madrugada de domingo para segunda-feira. Desta vez o local da ocorrência foi na chácara do ex-governador de Mato Grosso e atual deputado federal Júlio Campos (DEM), no bairro Ponte Nova, em Várzea Grande.

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De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as chamas foram percebidas por vizinhos que acionaram a guarnição por volta de uma hora da madrugada. O incêndio começou no entorno da casa e atingiu a residência, onde morava o político e sua falecida esposa, Isabel Coelho Pinto de Campos.

O trabalho para cessar as chamas foi de aproximadamente uma hora. Algumas paredes da casa não resistiram ao calor e desmoronaram. A chácara fica nos fundos de uma concessionária de automóveis. O Corpo de Bombeiros explica que o trabalho começou pela parte de trás, para que o prejuízo não fosse maior.

O Centro Integrado de Operações Especiais (Ciosp) informou que no momento do incêndio não havia ninguém na residência. Os bombeiros utilizaram dois caminhões tanques no trabalho.


História marcante

Algumas das decisões politicas mais hiportantes de história recente de Mato Grosso, nas últimas três décadas, foram tomadas no local conhecido como a "chácara de Júlinho e Isabel". A casa foi construída em 1985, mas a família de Júlio Campos só se mudou em 1986, após deixar o governo do Estado. A construção do imóvel serviu, inclusive, para a valorização imobiliária da região, praticametne considerada "zona rural" do município.

E foi nessa casa que ele decidiu as candidaturas vitoriosas para a Câmara dos Deputados, em 1986 e 2010, e para o Senado da República, em 1990. E ali decidiu-se ainda as candidaturas do irmão Jayme Campos, eleito governador no primeiro turno, no pleito de 1990, e duas vezes prefeito da Cidade Industrial - 1996 e 2000. Na definição do primeiro mandato de Jayme como prefeito, em 1982, a chacrinha de Júlio e Isabel ainda não existia.

Também foi nessa chácara que foram tomadas as decisões para as candidaturas derrotadas de Júlio Campos ao governo de Mato Grosso, em 1998, e à Prefeitura de Várzea Grande, em  2008. Após o falecimento de Isabel Campos, em dezembro do ano passado, Júlio consolidou sua residência num prédio da Avenida Rubens de Mendonça (CPA), onde já vivia, e o local ficou semi-abandonado. (Colaborou Ronaldo Pacheco)