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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Pressionado, Brown pede que tropas afegãs assumam responsabilidade

Pressionado diante do aumento no número de morte de soldados britânicos no Afeganistão, o premiê Gordon Brown afirmou nesta quinta-feira que o governo afegão deve assumir suas responsabilidades e escalar mais soldados para cooperar com a ofensiva conjunta dos britânicos e americanos pela segurança no país às vésperas da eleição presidencial de 20 de agosto.


Em sessão de perguntas em um comitê parlamentar, Brown rejeitou críticas de que o país não garante equipamentos e soldados suficientes para a segurança das tropas britânicas na Ásia e afirmou que a responsabilidade é do Afeganistão de fazer jus à causa e investir mais na guerra contra o terrorismo que acontece em seu próprio território.

Brown afirmou que já conversou com o presidente afegão, Hamid Karzai, sobre o tema. Karzai chegou a prometer um aumento no número de soldados, mas não disse quantos e nem quando.

O Reino Unido tem 9.000 soldados no Afeganistão, a maioria mobilizados na Província de Helmand, reduto dos talebans. Na semana passada, oito soldados, incluindo três de apenas 18 anos, morreram em apenas 24 horas --a mais grave baixa do país desde a intervenção iniciada em 2001. Ao todo, 184 militares britânicos morreram na guerra contra o terrorismo.

"Eu estou muito certo de que o Exército afegão deve fazer mais", disse Brown, argumentando que qualquer estratégia para reconquistar --e manter-- grandes áreas de território no sul do Afeganistão exige apoio das tropas locais.

"Eu estou muito seguro de que onde nós estamos em Helmand, nós precisamos de um complemento de tropas afegãs e policiais. Eu também estou seguro de que temos um papel a desempenhar, e este será um papel que continuará depois das eleições: treinar e chefiar as forças de segurança afegãs", disse Brown, sob críticas duras dos legisladores.

Brown refutou ainda os argumentos de que as forças afegãs --atualmente 80 mil-- são muito pequenas para representar tal reforço às tropas internacionais no país.

"Nossa habilidade para derrotar uma ameaça terrorista depende não apenas no que podemos contribuir militarmente, mas no que podemos alcançar com esforço civil e militar de treinamento do Exército afegão", disse Brown, acrescentando que os 130 mil soldados que o Afeganistão deve ter, segundo planos internacionais para o conflito, ainda é pouco diante do tamanho do território do país.

Helicópteros

Um relatório do Comitê de Defesa da Câmara dos Comuns britânica divulgado nesta quinta-feira pelo jornal "The Guardian" conclui que a falta de helicópteros prejudica as operações militares do país na Guerra do Afeganistão e coloca os soldados britânicos em risco ao serem obrigados a usar transporte terrestre.

Segundo o "Guardian", o relatório sugere que uma frota de helicópteros maior permitiria às forças no campo de batalha executar operações pelo ar, ao invés de missões terrestres, que são mais perigosas devido ao grande número de minas terrestres e a ausência de estradas e rodovias asfaltadas.

O jornal britânico estima que o relatório deve "causar embaraço aos ministros porque eles negam persistentemente que a falta de helicópteros não afeta as operações." O documento do comitê alerta o governo que o problema pode ficar ainda pior se não for resolvido rapidamente.

O relatório confirma as declarações do comandante do Estado-Maior do Exército, general Richard Dannatt, nesta quarta-feira de que mais soldados são necessários para manter o território reconquistado longe do controle do grupo islâmico radical Taleban.
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