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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Com humor, pastelaria do Rio usa 'latidos' e placa para atrair clientes

Foto: Mariucha Machado/G1

Donos de lanchonete no Centro do Rio colocam cartaz para reforçar procedência da carne usada nos pastéis

Donos de lanchonete no Centro do Rio colocam cartaz para reforçar procedência da carne usada nos pastéis

O dono de uma pastelaria no Centro do Rio tem usado de humor para atrair clientes que se afastaram dos pastéis após denúncias de falta de higiene e até do uso de carne de cachorro em lojas da cidade. Quem passava pela Avenida Venezuela nesta terça-feira (12) ouvia latidos saídos de um som da lanchonete Royal. A brincadeira servia para chamar atenção para o cartaz, que dizia: “Aqui somente usamos carne de vaca. Cachorro, pra nós, é para ser amado e protegido”.


O gerente da Royal, Iguassi Moraes, contou que as vendas de pastéis caíram aproximadamente 40% após reportagens que mostraram um cachorro morto achado em freezer de um estabelecimento – a Vigilância Sanitária chegou a interditar algumas lojas, como mostrou o G1 em abril. Antes, eram vendidos cerca de 400 pastéis diariamente, mas o número caiu para 260.

“Essas notícias respingaram na gente que trabalha direito. O que nós queremos é mostrar a nossa qualidade e a procedência dos nossos produtos. A repercussão é hilária e impactante: muita gente passa, olha, ri e acaba entrando para experimentar”, contou o gerente.

Latidos gravados no quintal por 24h
A ideia da placa e dos “latidos” surgiu dos próprios funcionários, contou Moraes. “Eles que fizeram [o cartaz] também e o som dos cachorros latindo a gente deixou gravando no quintal por 24 horas”. Iguassi Moraes revelou ainda que tem uma cadelinha poddle chamada Amelinha. “Ver essas maldades com cachorro não dá. Eu tenho uma e eu nunca faria nada com ela”.

A pastelaria precisou investir também na reformulação dos cardápios dos sabores de pastéis para melhorar as vendas e recuperar o prejuízo.

“Estamos atualizando o nosso cardápio com outras opções de sabores, já que muitos consumidores continuam inseguros. Colocamos de camarão e outros sabores”, disse Moraes.

Caso haja fiscalização no estabelecimento, eles estão devidamente documentados com a procedência da carne usada nos salgados. Para comprovar, Moraes guarda todas as notas fiscais com as datas, quantidades e valores pagos pelo produto.

“A gente guarda os recibos para mostrar onde a gente está comprando e não ter problema”, reforçou Moraes.

Receita
Mário Jorge é o responsável pelas delícias crocantes vendidas na lanchonete. Ele garantiu que, além dos temperos frescos, a preocupação com a higiene é muito importante para a qualidade do produto final. “Precisa de carinho acima de tudo, muito cuidado no preparo e higiene”, contou.

O G1 entende que o segredo do chef é a alma de todos os pratos, mas insistiu e pediu para ele revelar a mágica para deixar um pastel saboroso.

“Uma massa bem fininha deixa o pastel bem crocante. E para fazer a carne, eu uso carne fresca e tempero fresco — sal, alho, cebola e tempero básico. É só ter a qualidade certa e a quantidade certa”, brincou Mário Jorge 
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