O primeiro dia de greve geral dos servidores de Mato Grosso iniciou com mobilização em frente à Secretaria de Estado de Saúde (SES), no Centro Político Administrativo (CPA). Cerca de 300 pessoas estavam concentradas em frente à secretaria, por volta das 8h desta terça-feira (31), mas o número deve aumentar ao longo do dia. A organização espera que mais de 5 mil pessoas compareçam ao protesto em defesa da Revisão Geral Anual (RGA) para recompor a inflação de 11,28% do ano passado.

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A estimativa do presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde e do Meio Ambiente do Estado (Sisma), Oscarlino Alves, é que 90% dos servidores da Saúde tenham aderido à greve, e que apenas comissionados e servidores em estágio probatório estejam trabalhando.  Nos hospitais regionais, segundo ele, a adesão está em 70% - já que é obrigatório manter um efetivo de 30% mesmo durante a greve. Para as 10h30, está prevista uma marcha até às sedes da Associação de Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) e Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato).

No total, 29 sindicatos e associações já deliberaram por aderir à mobilização, sendo 28 filiados ao Fórum Sindical, mais o Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran). Duas categorias foram contra a greve: o Sindicato dos Trabalhadores da Empaer (Sinterp), que representa os empregados públicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), e o Sindicato dos Fiscais de Tributos Estaduais de Mato Grosso (Sindifisco) – estes últimos são os responsáveis por movimentar a máquina arrecadadora do estado.

O Fórum Sindical ainda aguarda a resposta do governo sobre a contraproposta feita pelos sindicalistas na segunda-feira (30). Eles propuseram ao governo que sejam pagos os 11,28% de reposição inflacionária ainda este ano, mesmo que seja parcelado, e tudo retroativo à data base de maio. 

Antes disso, pela manhã, os sindicalistas ouviram do secretário de Gestão, Julio Modesto, a proposta inicial do governo, de pagar uma reposição de 2% da RGA em setembro, e mais 3% em janeiro de 2017, sem retroagir. Em seguida, o Fórum se reuniu e decidiu rejeitar a proposta, e apresentar ao governo a contraproposta de RGA integral ainda este ano, mesmo que parcelado.

Mais informações em instantes.