31 Mai 2016 - 15:40
G1
Foto: Reprodução/TV TEM
Com muita calma, o rapaz relatou o que houve durante a madrugada. "Peguei ele pela barriga, joguei no carrinho e chacoalhei com força, aí ele parou de chorar", afirmou João Paulo Rosa aos investigadores após explicar que a criança estaria agitada e não conseguia dormir. O G1 e a TV TEM tiveram acesso com exclusividade ao depoimento do homem para investigadores da Polícia Civil.
O homem foi preso na segunda-feira (30), após confessar que teria agredido a criança dentro de casa, no bairro Taboão. O suspeito contou aos policiais que tentava dormir, mas a criança estava chorando.
"A gente colocou ele no meio de nós para dormir, mas ele não quis. Fui na cozinha e ele começou a gritar mais. Peguei o carrinho e 'nanei' ele, até dormir. Fizemos isso três a quatro vezes. Ele acordou de novo. Eu peguei já com raiva, e, no pegar, chacoalhou. Joguei ele no carrinho. Ele chorou mais. Chacoalhei ele muito forte e aí ele parou de chorar", afirmou.Rapaz confessou crime e disse estar arrependido
Arrependimento
O homem confessou ainda que tinha usado maconha junto com a esposa horas antes da agressão, na noite de sexta-feira (27), mas não perto do filho.
Ainda durante o depoimento, o rapaz afirmou também que essa teria sido a primeira vez que agrediu a criança.
"Estou muito arrependido do que eu fiz. Não devia ter feito com grosseria. Devia ter tido a calma que tive antes do acontecido. Não é para estourar com uma criança. Eu não consigo aceitar o que aconteceu."
De acordo com a polícia, a mãe da criança, que tem 16 anos, já havia registrado um boletim de ocorrência contra o companheiro, que teria a ameaçado de morte no começo deste mês. Aos policiais, ela afirmou que não saberia dizer o que aconteceu com a criança, já que ela estaria dormindo. A adolescente foi apreendida por omissão de socorro e levada para a Fundação Casa, onde deve ficar por no mínimo 45 dias.
Rosa trabalhava como ajudante de marceneiro e não tem passagens pela polícia. O homem está detido na cadeia de São Roque, onde vai ficar preso até o julgamento. Ele deve ser indiciado por homicídio qualificado, com os agravantes de motivo fútil e o fato de ser pai da criança. O corpo do bebê foi velado e enterrado no Cemitério da Paz, em São Roque.