Os investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso deliberaram pela continuidade do movimento grevista, durante assembleia realizada na sede do Sindicato, na tarde de hoje, 9 de junho. No Estado, atuam cerca de três mil investigadores. Os agentes não acataram
decisão judicial, expedida na última sexta-feira, 3, determinando o retorno das atividades sob pena de aplicação de multa diária de R$ 100 mil.
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Além dos investigadores, escrivães e peritos criminais deliberaram, nesta semana, positivamente pela manutenção dos protestos, resguardando o percentual de 30% dos servidores para o desenvolvimento de atividades. A greve das categorias ocorre em razão da cobrança para pagamento de 11,28% do Reajuste Geral Anual (RGA).
Na manhã de hoje, durante reunião com Assembleia Legislativa de Mato Grosso, uma nova proposta foi apresentada ao Fórum Sindical (que representa 31 associações e sindicatos de servidores públicos).
A ideia apresenta é quanto ao pagamento dos 6% já anunciados, parcelados em três parcelas de 2% que devem ser pagas em setembro de 2016, e janeiro de março de 2017. Já a diferença, que chega a 5,28%, acompanhando eventuais reduções do percentual de gasto com folha de pagamento, mas sempre respeitando o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, estabelecido em 49% da folha.
No entendimento do diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil de Mato Grosso (Siagespoc), Wellen Gleik, trata-se de mais uma proposta que não agradou porque é condicionada ao aumento da receita. Isto quer dizer, segundo ele, “que o governo promete pagar [a diferença] desde que seja registrado um aumento de arrecadação de modo que baixe o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal”.
Após análise da sugestão, na próxima sexta-feira, a partir das 10h, será realizada uma reunião envolvendo as lideranças do Fórum Sindical, o secretário de Gestão, Júlio Modesto e da Casa Civil, Paulo Taques.