Os trabalhadores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) estão sem trabalhar com medo dos manifestantes de diversos movimentos sociais que se encontram acampados desde a manhã desta segunda-feira na frente do prédio do instituto.

O técnico administrativo do Incra Marcio Amorim conta que, nesta terça-feira por volta das 15h, parte dos manifestantes resolveram prender alguns funcionários dentro do prédio. Segundo o servidor, a maioria foi liberada depois das 18h, os que continuaram retidos só puderam sair depois das 22h.

Além do risco de serem presos novamente no prédio, Amorim conta que os funcionários temem por sua integridade física. Isso porque alguns manifestantes portam armas brancas. “Alguns tem facas, foices, pedaços e de pau e etc.”.

Outro Lado

Os integrantes da manifestação garantem que o movimento é pacifico. Carlos Aguilera, um dos acampados do local diz que os manifestantes não fizeram mal a ninguém e que estão lá apenas para lutar pela questão agrária.

O acampamento começou na manhã desta segunda-feira e tem seu termino previsto para sexta-feira, se tudo ocorrer bem, ressalva Aguilera.

O GT-MT 2009 (Grito da Terra Mato Grosso) é realizado pelos grupos: Fetagri-MTF (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Mato Grosso), STTRs (Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MTA (Movimento dos Trabalhadores Rurais Acampados e Assentados), CPT (Comissão Pastoral da Terra) e Associação 13 de Outubro.

O movimento visa colocar em pauta a discussão sobre a reforma agrária, desenvolvimento ambiental sustentável, produção de alimentos saudáveis, distribuição de renda, cidadania, direitos humanos, trabalho e emprego.