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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Sequestradores ameaçaram explodir cargueiro, diz imprensa russa

Os sequestradores do navio cargueiro Artic Sea, que passou semanas desaparecido entre a Europa e o Atlântico, ameaçaram explodi-lo se não recebessem o resgate que pediam, disseram agências russas de notícias nesta quarta-feira.


A Rússia liderou os esforços de busca pelo cargueiro que levava 15 tripulantes russos e transportava um carregamento de madeira com destino a Argélia. O navio fez contato pela última vez em 28 de julho passado.

Nesta terça-feira, a Rússia prendeu oito acusados pelo sequestro, mas a falta de informações mais precisas por parte de Moscou ainda gera especulações sobre se foi um caso de pirataria ou uma conveniente desculpa para acobertar um possível transporte clandestino de armas ou material nuclear.

"Os tripulantes já confirmaram que os sequestradores exigiram um resgate e ameaçaram explodir o barco se suas ordens não fossem obedecidas", disse um porta-voz do ministério russo da Defesa, citado pela agência Interfax.

"Os tripulantes também alegam que as pessoas que abordaram o Arctic Sea estavam armadas e se livraram das suas armas quando o navio da Marinha russa Ladny ordenou que a tripulação parasse o navio", disse essa fonte.

Material para escalada, sinalizadores e uma lancha inflável, supostamente usados no ataque, foram achados a bordo do Arctic Sea, disse o mesmo porta-voz em uma entrevista coletiva, desta vez segundo a agência RIA.

As agências não disseram qual foi o resgate pedido.

O Arctic Sea, que tem bandeira maltesa e tripulação russa, sumiu dos radares há três semanas, levando uma carga de madeira avaliada em US$ 1,3 milhão, que partira da Finlândia com destino à Argélia. O suposto sequestro ocorreu na costa da Suécia, e o barco foi achado nas imediações de Cabo Verde (costa africana do Atlântico).

A Autoridade Marítima de Malta disse na terça-feira, sem entrar em detalhes, que o navio "nunca desapareceu realmente", o que gerou mais especulações de que serviços de segurança poderiam estar envolvidos no caso.

A Rússia disse que os oito prisioneiros são cidadãos de Estônia, Letônia e Rússia. Pela versão russa, eles abordaram o navio em 24 de julho, forçaram a tripulação a mudar de rota e desligaram seu equipamento de navegação.

O contato por rádio foi perdido no final de julho, quando a embarcação passou pelo canal da Mancha. A carga nunca chegou ao seu destino, e a Marinha russa diz ter achado o Arctic Sea na segunda-feira.

Militares russos preparavam nesta quarta-feira o translado aéreo dois oito prisioneiros e dos tripulantes da ilha do Sal (Cabo Verde) para a Rússia, segundo autoridades cabo-verdianas.
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