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Segunda-feira, 27 de maio de 2024

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Alvo da ‘Mantus’

Gerente de Arcanjo é preso em Recife um dia após operação contra ‘jogo do bicho’

Foto: Reprodução

Gerente de Arcanjo é preso em Recife um dia após operação contra ‘jogo do bicho’
José Carlos de Freitas, apontado pelas investigações da Gerencia de Combate ao Crime Organizado (GCCO) como gerente das operações da Colibri (chefiada por João Arcanjo Ribeiro e Giovanni Zem) em Cáceres (219 quilômetros de Cuiabá), foi preso nesta quinta-feira (30), um dia após a deflagração da 'Operação Mantus’. Ele estava com mandado de prisão em aberto e era considerado foragido.


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A prisão foi confirmada ao Olhar Direto pelo delegado Flavio Stringueta, titular da GCCO. O homem estava em Recife quando foi abordado por equipes policiais. Ainda não há muitos detalhes sobre a prisão. O homem deverá ser recambiado para a capital mato-grossense, onde passará por audiência de custódia.

As investigações apontam que 'Freitas', como é conhecido, é o gerente da Colibri na cidade de Cáceres. Em uma das conversas interceptadas, desta vez com Mariano Oliveira da Silva, que é gerente da região norte, ele disse que precisava "dar um piau" em um cara de Mirassol.

A conversa seria para contratar capangas para bater em uma das pessoas que estavam devendo para o grupo. "Eu to precisando, aquele pessoal lá do, lá de Rondônia, que... um que tá corrido parece que aquele outro, que foi dado o piau daqueles sarado mesmo, quebraram até o nariz dele, quanto custou?".

Mantus

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.
 
Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.
 
Os investigadores também identificaram remessas de valores para o exterior, com o recolhimento de impostos para não levantar suspeitas das autoridades. Foram decretados os bloqueios de contas e investimentos em nome dos investigados, bem como houve o sequestro de ao menos três prédios vinculados aos crimes investigados.
 
Os suspeitos vão responder pelo crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.
 
No total, foram expedidos 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

Atualizada às 12h27.
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