A digital influencer da cidade de Sorriso (a 397 quilômetros de Cuiabá), Paula Biazin, presa em flagrante na manhã deste sábado (28), com produtos que prometem emagrecimento rápido, afirmou em depoimento ao delegado Nilson Farias que não sabia que Moder Diet Gold, anunciado e vendido por ela, tinha medicamentos. Conforme o responsável pela investigação, vítimas relataram ter passado mal após o uso da substância.

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“Depois da reportagem do Fantástico, no domingo passado, algumas pessoas que adquiriram o produto disseram que começaram a passar mal. Foi feito o pedido de busca e apreensão e nós o cumprimento na residência dela. Foi encontrada uma quantidade pequena, mas suficiente para o flagrante”, disse o delegado ao Olhar Direto.
 
Durante o interrogatório, a influencer pontuou que não tinha conhecimento que o produto continha medicamentos e que acreditou que era um remédio fitoterápico. “Logo depois da reportagem, ela disse que parou de anunciar e vender o produto. Mas como ela fez a divulgação, comercializou e não tinha nem nota fiscal acabou atuada em flagrante”.
 
A influencer também relatou que adquiria o produto com uma pessoa de Belo Horizonte (MG). “É uma pessoa idônea na sociedade. É importante até deixar um alerta para quem faz publicidade e venda de produtos para que não ocorra o mesmo, até por desconhecimento. É sempre bom saber o que está oferecendo para os outros”.
 
Agora, todo o material será juntado na investigação e as vítimas também devem ser ouvidas. O delegado acredita que a influencer poderá ser solta na audiência de custódia e deverá responder em liberdade.

O caso

A digital influencer Paula Biazin, da cidade de Sorriso (a 397 quilômetros de Cuiabá), foi presa em flagrante, na manhã deste sábado (28), com produtos que prometem emagrecimento rápido. Em sua residência, foi cumprido um mandado de busca e apreensão e policiais civis encontraram três frascos do medicamento. Através do Instagram, com mais de 317 mil seguidores, ela fazia a propaganda do Moder Diet Gold – “extrato de ervas, maneira eficaz e segura de perder peso”.

De acordo com o delegado Nilson Farias, o produto é vendido como fitoterápico, mas  contém substâncias como sibutramina, fluoxetina e diazepam. “Com isso, ele passa a não ser um produto fitoterápico e essa falsificação é prevista no artigo penal e a pena chegar de 10 a 15 anos de reclusão”.

Na semana passada, uma quadrilha responsável por produzir o medicamento foi desmantelada em ação da Polícia Civil e do Ministério Público de Goiás. Uma reportagem chegou a ser veiculada no programa Fantástico, da rede Globo, relatando casos de mulheres que tiveram vários efeitos colaterais do produto vendido como natural.