As imagens do circuito interno de câmeras do Shopping Goiabeiras Center poderão revelar de fato o que ocorreu com Reginaldo Donnan dos Santos Queiroz (31), vendedor ambulante, que supostamente teria sido espancado por dois seguranças do estabelecimento. A vítima estava internada no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá e teve traumatismo craniano. Reginaldo morreu na noite de terça-feira (1).

As imagens estão sendo analisadas pela delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelo caso e pelo inquérito. Em entrevista à imprensa na tarde de hoje, o superintendente do shopping, Arnaldo Felício dos Santos, informou que foram gravadas imagens desde a entrada de Reginaldo Donan, às 16h até a saída dele do local por volta das 20h20. “As fitas foram cedidas para a polícia e poderão confirmar o que realmente ocorreu”, declarou.

Por outro lado, o superintende disse que na sala de segurança, para onde a vítima foi encaminhada pelos seguranças e supostamente espancada, não possui câmeras de vigilância interna. A informação é de que o espancamento ocorreu por volta de 19h30min e a Polícia Militar chegou apenas às 19h50min. Felício disse ainda que os policiais e seguranças teriam permanecidos por quase meia hora dentro da sala para realizar vistorias.

Os funcionários Luiz Lima Medeiros e Ednaldo Rodrigues Belo ainda não prestaram depoimento à polícia. Conforme relatos repassados por eles ao superintendente, Reginaldo teria causado perturbação no local nas quase três horas em que esteve lá dentro.

“Vou me basear no inquérito da polícia. E se os seguranças tiveram culpa vão pagar pelo que fizeram. Mas, não quero antecipar os fatos”, enfatizou. O superintendente disse ainda que os dois seguranças relataram que a vítima estava totalmente perturbada e ao ser encaminhada para a sala de segurança, teria caído da escada e machucado.

Além disso, já dentro sala, Reginaldo estaria com um canivete e atacado os funcionários. No momento teria ocorrido luta corporal e a informação dos seguranças é de que o vendedor ambulante bateu o nariz contra a parede. O canivete foi apreendido pela polícia e periciado.

Arnaldo Felício dos Santos informou ainda que os funcionários foram afastados e trabalhavam no local há oito meses. Disse ainda que a diretoria do shopping center está prestando toda a assistência aos familiares da vítima.

O shopping recebe cerca de 300 mil pessoas que circulam mensalmente por seus corredores e lojas. O superintendente ressalta que não obtém informações de outros casos de agressões no local.