O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), decidiu não participar da 28ª edição da Agrishow, após receber ligação do presidente da feira, Francisco Maturro, para o "desconvidar" da abertura do evento realizado em Ribeirão Preto, no domingo (30), por conta da eventual presença do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
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“O presidente da feira perguntou se eu poderia ir no dia seguinte, não na abertura e eu entendi o recado, vou me ater a continuar trabalhando e cumprir meu papel como ministro. Numa outra oportunidade eu visito a Agrishow”, afirmou, nesta quarta-feira (26).
Fávaro avaliou que talvez o intuito do organizador da feira tenha sido evitar qualquer animosidade, por conta da polarização política ainda existente. “Está tomada a decisão, sou muito tranquilo e entendi o recado. O Brasil saiu das eleições muito dividido, muito rancoroso. E talvez ter um ato político na abertura da feira pudesse ter alguma animosidade”.
‘Desconvite’ negado
Por meio de nota, a direção da Agrishow reafirmou o convite feito a Fávaro, para participar da abertura da feira. “Para a direção da Agrishow, o ministro vem realizando um ótimo trabalho com muita competência para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e sua participação na feira é muito importante para todo o setor”, informa a nota da organização.
A Sociedade Rural Brasileira (SRB), uma das entidades promotoras do evento, também se manifestou por meio de nota desmentindo a informação do “desconvite”. No texto, a entidade afirma reforçar o perfil democrático e apartidário da Agrishow, “aberta a todos, independente de posições políticas”.
Na nota, a SRB reitera o convite ao ministro da Agricultura e a toda equipe do governo federal para que participem da cerimônia de abertura, assim como afirma ficar “imensamente honrada” com a presença de Tarcísio e Bolsonaro.
“A presença de lideranças políticas reforça a importância do agronegócio para economia brasileira e o perfil agregador do nosso setor, sempre aberto ao diálogo a fim de conciliar as melhores políticas públicas para que o produtor rural continue produzindo alimentos para o Brasil e o mundo”, diz o texto.
