O juiz diretor do Fórum, Eduardo Calmon de Almeida Cezar, e a equipe de servidores da Comarca de Chapada dos Guimarães se preparam para a segunda fase do Projeto Justiça Interventiva. Depois de conscientizar estudantes acerca dos males da droga por meio do teatro, a próxima etapa consiste em desenvolver estudos psicossociais junto às famílias vítimas de violência doméstica.

A assistente social Frankielle Alline Pereira Correa explicou que a segunda fase será desenvolvida por intermédio de palestras e visitas às casas. “Nosso trabalho é também de prevenção. Além de fortalecer a pessoa para tomar suas próprias atitudes“, destacou. A intervenção junto às famílias vítimas da violência doméstica será desenvolvida por intermédio de grupos de apoio. As mulheres vitimadas participarão de grupos formados por seis a dez pessoas com os mesmo problemas, já os agressores participarão de outros grupos de orientação. “É um processo de transformação do ser humano. Cada um tem seu tempo. Queremos mostrar que é possível sair da condição de vítima, assim como parar de usar de violência para resolver os problemas“, afirmou a psicóloga Roberta Cristina Batista e Silva.

O Projeto Justiça Interventiva foi iniciado em maio deste ano com a apresentação da peça teatral “Leilão de Adolescentes” aos estudantes das escolas estaduais e municipais de Chapada dos Guimarães, no ginásio de esportes da cidade, além das comunidades rurais da região. A peça mostrou os efeitos nocivos do uso de drogas e também da violência, com a coordenação do Departamento Psicossocial da Comarca, com o apoio do magistrado, e participação voluntária de membros da comunidade.