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Sábado, 27 de abril de 2024

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TUMULTO NA CÂMARA

Abílio provoca e recebe invertida de Flávio Dino, que pede respeito: ‘até o senhor está acreditando em fake news’

Foto: Reprodução

Abílio provoca e recebe invertida de Flávio Dino, que pede respeito: ‘até o senhor está acreditando em fake news’
O deputado federal Abílio Júnior (PL) causou tumulto no encerramento de audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, que, nesta quarta-feira (3), recebeu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Após provocar Dino citando uma suposta operação da Polícia Federal no período em que o ministro era governador do Maranhão, o parlamentar recebeu uma invertida.


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Na ocasião, Dino participava da reunião agendada para tratar de diversos assuntos, entre eles críticas à imunidade parlamentar, invasões do MST, suposta "pedalada fiscal" do governo, a ida ao Complexo da Maré e as prisões do dia 8 de janeiro.

Já pelo fim da audiência, Abílio teve direito a fala e pediu que a comissão fiscalizasse uma suposta operação contra o governo de Dino no Maranhão, durante a pandemia da Covid-19.

“Quero pedir à Secretaria de Fiscalização e Controle que desse uma verificada em como anda aquela investigação dos respiradores fantasmas no Maranhão, na gestão do então governador Flávio Dino. Houve uma operação da Polícia Federal e essa operação deveria trazer resultado muito positivo a população, tendo em vista que com respirados falsos, muitas pessoas perderam as suas vidas por falta de respirador. É importante que haja uma fiscalização sobre isso”, declarou.

Na ocasião, o deputado defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), garantindo inocência do capitão da reserva no âmbito da operação deflagrada nesta quarta pela PF, sobre possível fraude no cartão de vacinação do ex-chefe de Estado. Aproveitou ainda para criticar o PL das Fake News. “Imagina se estivéssemos hoje no período de pandemia falando sobre respiradores? Nossas redes sociais poderiam ser censuradas, poderíamos ter perdido acesso a elas. Isso é um exemplo da ditadura que ocorreu no período da pandemia por parte de alguns poderes”.

“Não podemos que o PL 2630 seja aprovado e dê poder ao Executivo - aquele mesmo que tem escândalos em gestões passadas – para determinar aquilo que a gente pode ou não dizer nas redes sociais. Tem muitas explicações a dar, tanto do seu governo no Maranhão quanto agora à frente do ministério”, completou.

Na sequência, Dino teve direito de resposta e afirmou que Abílio se mostrou um “fiel seguidor” do ex-presidente, já que estava “inventando coisas”.

 
“Nunca houve operação da Polícia Federal sobre respiradores no Maranhão. Se o senhor está dizendo que está na internet é uma prova de que precisa votar o projeto das Fake News, porque até o senhor está acreditando em Fake News e daí, o senhor tem que votar a favor do projeto. Em relação a esse tema, informo que tramita ações judiciais na Justiça da Bahia e o senhor pode consultar”, disparou.

A fala em tom irônico causou reclamação de Abílio e outros deputados bolsonaristas. Quando a audiência foi encerrada minutos depois, o deputado estava em pé, ao lado de Dino, mostrando ao ministro a tela de seu celular, onde havia a matéria em que teria se baseado para atacar o ex-governador.

Dino, já sem paciência, se levantou e pediu, reiteradamente: "tenha respeito", "leia" e "tenha seriedade". A "turma do deixa disso" precisou intervir e afastar Abílio do ministro.

Operação de guerra

Em 2020, o governo do Maranhão recebeu carregamento vindo da China com 107 respiradores e 200 mil máscaras para o enfrentamento do coronavírus. Mas para que essa carga chegasse ao estado, o então governo de Flávio Dino (PCdoB) teve que montar uma “operação de guerra”.

Na época, a administração estadual já havia tentado realizar a compra desses equipamentos outras vezes, e nas três tentativas foi barrada. Em duas situações, Estados Unidos e Alemanha pagaram mais aos fornecedores chineses e levaram os respiradores que estavam reservados pelo Maranhão. Em outra, numa compra interna, o governo federal confiscou toda a produção nacional para distribuir os equipamentos de acordo com seus critérios.

Segundo reportagem da Carta Capital, a equipe de Dino traçou uma estratégia para conseguir realizar a compra dos equipamentos. O governo mudou a rota de compra e trouxe a mercadoria pela Etiópia. Ao desembarcar em São Paulo, a carga foi direto para o Maranhão e só lá passou pelos trâmites da Receita Federal, evitando assim que ficassem em SP por ordem do governo federal. 
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