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REFORÇO NA PREVENÇÃO

Com chegada do período de chuvas, secretário alerta sobre aumento dos focos de mosquitos da dengue em MT

11 Dez 2023 - 17:41

Da Redação - Mayara Campos / Do Local - Max Aguiar

Foto: Agência Brasil

Com chegada do período de chuvas, secretário alerta sobre aumento dos focos de mosquitos da dengue em MT
Com a chegada do período de chuvas, é esperado o aumento dos casos de dengue em Mato Grosso, por conta da proliferação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. Segundo o Ministério da Saúde, os casos em todo o Brasil aumentaram 15,8% em 2023 em relação ao ano passado, sendo que as ocorrências passaram de 1,3 milhão em 2022 para 1,6 milhão este ano.


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Apenas em Mato Grosso, já foram registradas 21 mortes confirmadas, em decorrência da doença, sendo que, ao todo, foram notificados 44.612 casos até o final de novembro. Os dados são do Informe Epidemiológico nº 17, elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

“Já é esperado o aumento do número de casos em Mato Grosso, pois os focos aumentam, e aí mais do que nunca, lembrando os gestores municipais da necessidade de fazer a prevenção, diminuir os focos de desenvolvimento das larvas e ouvir a dona Aede né”, disse o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, nesta segunda-feira (11).

O gestor fez referência à veiculação da campanha de conscientização sobre a dengue, que é transmitida diariamente nas emissoras mato-grossenses. Dona Aede é a personagem que alerta sobre a importância do combate aos criadouros de larvas do mosquito da dengue, que se concentram em locais com água parada.

“Ela está o tempo inteiro na televisão, alertando a população para o problema da dengue. É um esforço coletivo de todos para combater isso, então há necessidade sim, não é apenas uma obrigação de gestores, mas a população fazer o enfrentamento para diminuir o número de casos que pode inclusive gerar óbito”, afirma Figueiredo.

O secretário reforçou que o Estado tem feito sua parte, com atenção redobrada da equipe de vigilância em saúde, pois o mosquito vai “se esparramando”. No entanto, ele afirma que o combate ao Aedes aegypti é uma “ação de saúde primária”.

“É uma atribuição municipal, e a antecipação e prevenção é o que o governo tem defendido há meses. Nós tratamos desse assunto muitos meses, então, todo mundo sabe que prevenir é o melhor caminho, diminuir os focos é o melhor caminho. A ação educativa da população é o melhor caminho, infelizmente chega o período chuvoso, esses fatos acontecem e a gente tem que trabalhar agora com os efeitos colaterais disso. Mas o Governo tem orientado de forma preventiva há muito tempo sobre esse episódio”, finalizou.

Combate aos focos de mosquito

O Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e o Levantamento de Índice Amostral (LIA), elaborados pelo Ministério da Saúde, indicam que durante 2023, 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue foram encontrados nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos). 

Os números mostram ainda que depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço, cacimba, cisterna) aparecem como segundo maior foco de procriação dos mosquitos, com 22%, enquanto depósitos de pneus e lixo têm 3,2%.  

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a projeção de aumento dos casos de dengue no próximo verão brasileiro se deve a fatores como a combinação entre calor e chuva intensos, possíveis efeitos do El Niño, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Outro agravante é o ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus no Brasil. 

“Com as mudanças climáticas, altas temperaturas e períodos chuvosos, a expectativa é que o número de criadouros aumente. Por esse motivo, é preciso o empenho da sociedade para eliminar os criadouros e evitar água parada. As medidas são simples e podem ser implementadas na rotina. O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana”, diz a Pasta.
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