Um recente levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) revelou um preocupante aumento de 229% nas internações por infarto em Mato Grosso. Analisando os 141 municípios do estado, a média mensal saltou de 739 casos em 2008 para 2.294 em 2022, destacando uma tendência alarmante.

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O infarto agudo do miocárdio, popularmente conhecido como ataque cardíaco, ocorre devido à súbita interrupção do fluxo sanguíneo, muitas vezes causada por placas de gordura que entopem as veias coronarianas. O problema é mais prevalente entre os homens, indicando uma lacuna nas ações preventivas voltadas para essa população.

Entre os fatores de risco apontados, o sedentarismo, alimentação inadequada, excesso de sódio, tabagismo, diabetes e a exposição ao calor excessivo destacam-se como impulsionadores do aumento da obesidade. A cardiologista Aletheia Scheffer, da Unimed Cuiabá, destaca a necessidade de considerar o envelhecimento da população como um fator adicional.

Preocupantemente, os indicadores também apontam para uma piora na saúde cardiovascular entre os jovens. Exposição precoce a alimentos ultraprocessados, consumo de anabolizantes e cigarros, inclusive os eletrônicos, contribuem para o surgimento precoce de doenças cardiovasculares.

A Dra. Aurora Issa, Diretora do INC, destaca que o aumento dos casos de infarto é uma realidade nacional, afetando todas as regiões do país, independentemente de fatores como tamanho populacional, urbanização ou renda per capita. O levantamento, baseado em registros do Ministério da Saúde de 2008 a 2022, posiciona Mato Grosso entre os 10 estados com maior elevação.

Em resposta a essa preocupante tendência, a Unimed Cuiabá implementa o programa "Viver Bem". Este setor de Medicina Preventiva oferece aos beneficiários programas abrangentes, como "Sob Controle" (hipertensão), "Superação" (emagrecimento), "Inspirar" (antitabagismo), "Doce Vida" (diabetes), "Comida Certa" (alimentação), entre outros. A equipe interdisciplinar, composta por médicos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e enfermeiros, visa reduzir fatores de risco e prevenir doenças, incluindo as cardiopatias.

Diante desse cenário desafiador, a conscientização e a promoção de hábitos saudáveis tornam-se essenciais. A saúde cardiovascular demanda ações preventivas em larga escala, envolvendo tanto a população quanto as instituições de saúde.