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Sábado, 27 de abril de 2024

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Infectologista reforça importância da vacina e testagem para covid-19 e repudia fake news sobre doença

Foto: Reprodução

Infectologista reforça importância da vacina e testagem para covid-19 e repudia fake news sobre doença
Com o aumento dos casos da covid-19 em Mato Grosso, nas primeiras semanas de 2024, e a circulação de uma nova variante da Ômicron, a JN 2.5., o alerta para a doença foi reacendido no estado. Foram registrados mais de três mil casos neste mês de janeiro, e seis óbitos, até a sexta-feira (26).


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Quatro municípios mato-grossenses estão com risco muito alto de incidência, sendo eles: Porto dos Gaúchos, União do Sul, Paranaita e Serra Nova Dourada. Cuiabá e a região metropolitana apresenta baixo risco.
O Olhar Direto conversou com o infectologista e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Mato Grosso, Luciano Corrêa Ribeiro, 48 anos, sobre o cenário atual da doença no estado e como a população deve encarar os novos casos.

Segundo o especialista, ainda é muito cedo para definir como essa nova variante irá se comportar no nosso meio, porém ele destaca que o surgimento de várias subvariantes tem acontecido de modo sistemático no mundo todo.

“Tem-se observado que essas variantes estão se comportando de maneira menos agressiva em relação a cepa inicial. Muito se deve à memória imunológica, seja por vacina ou infecção natural, já adquirida até o presente momento. Mesmo assim temos que ficar sempre vigilantes, sempre que acontece um aumento repentino no número de casos, pois mais pacientes considerados de risco podem adoecer de forma mais agressiva”, expôs Luciano.

O comportamento da JN 2.5. não tem sido diferente das outras variantes, no entanto, há relatos sobre a incidência de sintomas intestinais, como diarreia.

A vacina é e sempre foi a medida mais importante para prevenir a covid-19, principalmente quando foi aplicada em larga escala na população mundial. Conforme explica o infectologista, o objetivo da vacina se firmou como um fator para diminuir o risco de complicações respiratórias mais agressivas.

A outra medida efetiva contra a doença continua sendo o isolamento dos sintomáticos, assim como o tratamento medicamentoso da população de risco. Mas Luciano alerta, não é recomendado o uso de máscara para todos como forma obrigatório.

Para o tratamento dos infectados, nos casos leves e moderados, devem ser feitos a nível ambulatorial, segundo o especialista. Também deve ser realizado o isolamento social, em torno de cinco dias.

“Primeiro, devido a menor agressividade destas novas variantes e também pelo fato de já estar disponível na rede dos SUS um antiviral que tem impacto direto no controle viral, quando utilizado nos primeiros dias de sintomas. E por último, muito já aprendemos sobre as possíveis complicações da doença”, afirma Ribeiro.

No entanto, o médico reforça que a população dos grupos de risco, como idosos, pessoas com comorbidades e imunossuprimidos, que estiver com sintomas respiratórias mais intensos, como a queda de saturação do oxigênio, é recomendada a internação para melhor observação do quadro da doença.

Na visão de Luciano, outra forma para auxiliar no combate ao aumento de casos da doença é a atuação do Poder Público contra as ‘fake news’, disseminadas para causar pânico, muitas vezes, ou diminuir a importância da covid-19. O Brasil registrou 709.195 óbitos em decorrência da enfermidade, desde 2020, sendo que em Mato Grosso, 15.468 pessoas morreram por conta do vírus Sars-Cov-2.

“O Poder Público deveria atuar estimulando toda a população a se vacinar, independente da faixa etária, para controlar as formas clínicas de maior gravidade, em especial, na população de risco. Bem como testagem diagnóstica em larga escala da população, que venha apresentar sintomas de gripe, pois somente desta forma conseguiremos isolar os casos positivos e diminuir a circulação do vírus”, aponta o médico.

“O maior vírus que nos afeta além da Covid-19, é o vírus da fake news, que apresenta alta disseminação através do WhatsApp, trazendo uma série de inverdades, em detrimento de tudo aquilo que foi construindo em cima de uma ciência correta. Muito tenho visto opiniões de caráter pessoal, serem veiculadas como "verdades", sem nenhuma comprovação científica, principalmente em relação a eficácia e possíveis efeitos colaterais da vacina”, finalizou.
 
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