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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Mundo

Indústria petrolífera defende combustível fóssil apesar de mudança climática

Representantes da indústria petrolífera disseram hoje durante um fórum em Londres que os combustíveis fósseis continuam necessários e que interromper seu uso não será possível nem em curto, nem em médio prazo, apesar da crescente preocupação com o aquecimento global.


Durante o evento, realizado ontem e hoje na capital do Reino Unido, o setor se mostrou cético diante da possibilidade de que as fontes alternativas de energia sejam suficientes para garantir o abastecimento.

O primeiro a abrir fogo foi o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o líbio Abdala El Badri, que durante seu discurso criticou o uso da energia nuclear e dos biocombustíveis.

"Podem passar seis ou sete anos destinando sua comida à produção de energia, mas não mais", afirmou Badri, que defendeu a produção de um petróleo mais "verde".

Badri estava ao lado do presidente da Agência Internacional de Energia (AIE), Nobuo Tanaka, defensor da energia nuclear e das fontes renováveis e que, no entanto, também admitiu que o mundo "precisará de petróleo" agora e no futuro.

"Por mais que invistamos em eficiência energética, precisamos de petróleo", disse Tanaka.

Para Tony Hayward, diretor-executivo da petrolífera britânica BP, os combustíveis fósseis cobrirão quase 80% das necessidades energéticas mundiais em 2030, segundo as projeções usadas pela companhia.

Durante o fórum, diversos especialistas disseram que países emergentes como Brasil, México, Índia e China podem influir significativamente na demanda de petróleo.

A reunião também chamou a atenção para a rapidez na mudança do preço do barril de petróleo.

"A oscilação era maior antes; no início da década de 80, o barril passou de US$ 12 para US$ 33 logo depois do começo da guerra entre Iraque e Irã (1980-88); depois, caiu para US$ 10 em 1987 e voltou a subir para US$ 40 durante a Guerra do Golfo (1991)", lembrou o professor indonésio Subroto, secretário-geral da Opep entre 1988 e 1994.

Para o indonésio, a principal novidade é que "o tempo é menor, e o que antes acontecia depois de muitos anos ocorre agora em poucos meses".
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