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Domingo, 28 de abril de 2024

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PSDB testa chapa puro-sangue e irrita Aécio

O primeiro teste da chapa puro-sangue do PSDB na eleição presidencial, com o governador paulista José Serra na cabeça e o mineiro Aécio Neves no posto de vice, provocou um curto-circuito político no partido. Pesquisa encomendada ao Ibope mostrou a chapa tucana com 41% das intenções de voto, bem à frente dos 16% dados à chapa PT-PMDB, mas não houve clima para comemoração. Além de irritar Aécio e provocar uma crise na Executiva Nacional tucana em torno do vazamento, a enquete pôs abaixo a tese da necessidade de se formar uma chapa Serra-Aécio para tentar derrotar o PT em 2010. Com ou sem Aécio, Serra vence Dilma com mais que o dobro dos votos da petista no segundo turno.


Sozinho, em uma simulação que não menciona o nome do vice, o candidato Serra também recebeu 41% das intenções de voto, sete pontos percentuais a mais do que ele próprio alcançara na pesquisa de setembro. Ele foi seguido pela petista Dilma Rousseff (17%), tecnicamente empatada com o PSB do deputado Ciro Gomes (16%). A pré-candidata do PV, senadora Marina Silva, foi a preferida de 9% dos entrevistados na pesquisa.

Já na simulação em que o candidato tucano é o governador mineiro, Ciro venceria o primeiro turno com 26% das preferências. Aécio, que também cresceu 7 pontos percentuais de setembro para cá, empataria com Dilma no segundo lugar, ambos com 19% dos votos, e Marina Silva (11%) seria a quarta colocada. A enquete foi realizada com 2002 eleitores brasileiros entre os dias 1º e 5 de outubro e foi encomendada pelo ex-deputado Ronaldo Cesar Coelho (PSDB).

"O PSDB nacional não tem minha autorização para fazer pesquisa incluindo meu nome como candidato a vice-presidente. Isso seria desperdício de dinheiro, porque essa hipótese não existe", reagiu Aécio, que levou seu protesto ao presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE). Na suposição de que a direção partidária patrocinara a pesquisa sem aviso prévio, para pressioná-lo a assumir a vice de Serra e facilitar a vitória do PSDB em 2010, Aécio avaliou que foi atropelado e traído pelo vazamento dos resultados.

Contudo, quando pediu explicações ao presidente do partido, o governador mineiro foi informado de que o PSDB não encomendara pesquisa alguma. Convenceu-se disso, mas aproveitou para dizer que não está disponível para ser vice de quem quer que seja. "Meu nome está colocado à disposição do partido para disputar a Presidência da República", sentenciou.

Surpresa

Guerra frisou que nem sequer tivera tempo de ler a pesquisa que Ronaldo Cezar enviara na véspera à sede do partido em Brasília. Para acalmá-lo, argumentou que, segundo um representante da Executiva Nacional que recebera o material, o cenário com Aécio candidato e Serra na vice também havia sido testado.

Preocupados em não melindrar Aécio e ainda convencidos de que uma chapa com a dupla de governadores será "imbatível no futuro próximo", serristas de vários Estados trataram de pôr panos quentes na crise. Interlocutores de Serra procuraram Aécio e seus aliados para dizer que o governador paulista fora tão surpreendido quanto ele com a pesquisa, e mais: Serra não teve responsabilidade alguma sobre o vazamento dos dados.
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