A primeira audiência do processo que investiga suposta compra de votos pelo prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (PMDB) e pela vice Marília Salles (PSDB), que deveria ter sido realizada nesta sexta-feira (23), a partir das 8 horas, foi adiada para o dia 3 de novembro, no mesmo horário.

O adiamento ocorreu porque a Justiça Eleitoral não notificou Marília e nem seu advogado, Benjamin Vieira Célio. “Ainda não fomos intimados”, confirmou Benjamin em entrevista ao Olhar Direto. O advogado acredita num lapso da Justiça por não ter feito a notificação, já que, conforme suas palavras “o processo é muito extenso”.

A audiência de hoje seria presidida pelo juiz da 10ª Zona Eleitoral, Antônio Veloso Peleja Junior. A reportagem tentou entrar em contato com o magistrado para saber o motivo do adiamento, mas ninguém atendeu as chamadas em seu gabinete no Fórum de Rondonópolis.

As denúncias do Ministério Público foram feitas após policiais militares encontrarem na casa do presidente da Unisal, Miguel Milani, no dia das eleições de 2008, uma quantia em dinheiro, uma lista com nomes e material de campanha do prefeito José Carlos do Pátio e dos vereadores que também enfrentam processo na Justiça, Adonias Fernandes e Mariúva Valentin Chaves, ambos do PMDB.

As investigações do caso já deveriam ter avançado, no entanto, por uma decisão em caráter liminar o processo foi mantido suspenso até o dia 4 de abril. A liminar foi impetrada pela defesa de Zé Carlos do Pátio no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A primeira audiência foi marcada para o dia 8 de outubro, mas foi remarcada para hoje porque o advogado de Pátio, José Pereira da Silva Neto, estava em Natal (RN) para outra audiência.

Pereira Neto iria representar o prefeito José Carlos do Pátio na manhã de hoje, já que o administrador municipal não compareceu à audiência. Foi o advogado também que comunicou os presentes sobre o adiamento, após cerca de uma hora do horário marcado para a sessão.

Seriam ouvidas hoje, pelo juiz Antônio Peleja, 15 testemunhas do processo, entre elas, o delegado da Polícia Federal Rômulo Rodovalho, o vereador Adonias, o presidente da Unisal, Miguel Milani, e o gerente de Saúde Coletiva, Alencar Líbano de Paula.