O presidiário Willian David da Silva, principal testemunha em um dos processos de compra de votos que pesa contra o vereador cassado Ralf Leite (PRTB) e que fugiu da Polinter no dia 6 de janeiro, enviou duas declarações registradas no Cartório de Bonsucesso, alegando que não tem nenhuma participação no crime.

As declarações foram apresentadas hoje, pela defesa do vereador, durante depoimento ao juiz Rondon Bassil, no Fórum da capital. Apesar do presidiário estar foragido, o documento foi registrado no mês de setembro, e encaminhado para todas as partes como também para o juiz.

Em entrevista ao site Olhar Direto, a ex-advogada de Willian, Mariclei Eduardo Cintra, disse que achou muito “estranho” o documento, já que ele estava foragido desde o início do ano. Ela é uma das testemunhas arroladas. Além da declaração, Willian David da Silva também encaminhou dois CDs com gravações em vídeo, onde nega qualquer envolvimento na compra de votos.

Entre as testemunhas também está o promotor de Justiça Marcos Machado, como testemunha de acusação do Ministério Público Eleitoral. Ele foi o responsável pela prisão em flagrante de cabos eleitorais de Ralf no dia da eleição (5 de outubro). Dilton Matos de Freitas, diretor do Centro de Ressocialização de Cuiabá, Fábio Ricas de Araújo e Jeziely Ferreira da Silva.

Além de Ralf, são alvos da ação penal Edson Leite da Silva Júnior, irmão do ex-vereador, Edimara Costa Cortez, amiga de ambos, Wequeson de Souza Barbosa Lima, Kartegean Moraes Leão e Mateus Rodrigues de Paula. Todos estão sendo ouvidos pelo magistrado.