O corregedor geral de Justiça, desembargador Manoel Ornellas, que conhece de perto a problemática do sistema prisional em Mato Grosso, o Estado precisa de presídio para abrigar os condenados em regime semi-aberto. Polêmico, lançou uma provocação ao governo: "Não sei quantas sacas de soja isso irá custar ao estado, mas sei que iria resolver um problema".

Apesar da 'afronta', o desembargador negou que tenha sido uma provocação direta ao governador Blairo Maggi. Ele justificou o seu discurso sob a alegação de que Mato Grosso é o maior produtor do país garante ter se referido à arrecadação resultante do imposto da oleaginosa, que é a base principal da economia estadual e do Grupo Amaggi, controlado por  Maggi.

O desembargador defende que o Presídio Agrícola das Palmeiras passe por uma adequação, pois seria o ideal para abrigar os presos no regime semi-aberto, com um total de 1.000 vagas.

Mesmo com a sugestão do corregedor, o secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado, explicou que após a abertura do Presídio para Jovens e Adultos no Estado, o antigo Carumbé deverá receber os reeducandos em regime semi-aberto.

De acordo com Curado, o Presídio das Palmeiras é um espaço rural e boa parte dos presos é da cidade, tendo assim dificuldade em se adaptar ao espaço. Porém, Ornellas discorda e ressalta que no mutirão carcerário constatou-se que existem lá atualmente 7 presos e 25 funcionários, o que configura um desperdício de espaço.


Atualizada e corrigida às 20h39