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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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GREVE GERAL

"Briga entre presidentes do TJMT trava negociações"

Foto: Reprodução

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, diz que briga entre presidentes do Tribunal de Justiça está "empacando" a negociação com os funcionários, já que não há explicação para o corte de mais de 40% dos subsídios nos salários dos servidores. O corte foi determinado pela atual gestão sob argumento que a concessão, feita durante o mandato de Paulo Lessa, é ilegal.


"Não tem direito a férias e licença-prêmio para receber – os plantões de fim de semana –-, em tudo isso não obtivemos êxito, então acredito que seja briga de presidentes e os servidores não podem servir para isso", afirmou em entrevista coletiva durante a entrega de um documento ao presidente do Conselho Nacional de Justiça, Gilmar Mendes, solicitando a intervenção do órgão.

Já está decidido que os servidores irão paralisar as atividades no estado de Mato Grosso. A decisão foi tomada em assembleia geral. Em protesto, Rosenwal Rodrigues conta que trará os funcionários do interior do estado para acampar com barracas em frente ao Tribunal de Justiça. A intenção é chamar a atenção do atual presidente, Mariano Travassos, para a situação.

"Vamos trazer os servidores do interior para esse manifesto. Montaremos as barracas e tendas nos protegendo do Poder Judiciário com as cestas básicas, a única coisa que nos resta", contou.

Rosenwal Rodrigues conta que a alegação de falta de recursos não procede. "Não é verdade. Eu já comprovei que existe sobra no Poder Judiciário de mais de R$ 34 milhões. Não há porque não pagar o direito dos servidores. Já tentamos de todas as formas amigáveis. Estou cansado de fazer o requerimento para o presidente e ele não atender nenhuma reivindicação, que é direito constitucional. É lei", explicou.

A categoria reivindica elevação de referência dos servidores, pagamento de férias e licença-prêmio e de plantões, todos direitos assegurados pela Constituição. O presidente do sindicato acredita que a greve pode comprometer o cumprimento da Meta 2, até porque em nove meses somente 41% do objetivo foi cumprido.
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