Maria Helena Lopes de Alvarenga e um seu filho, menor de idade, vão ser indiciados pela morte cruel de um aposentado em Ribeirãozinho, a 90 km de Barra do Garças. É o que garantiu ontem a delegada de Barra do Garças, Débora Cardoso.
 
O crime teria sido cometido pelo menor, a mando da mãe, a pauladas. Depois disso, os dois jogaram o corpo numa cisterna. A morte do aposentado aconteceu há 20 dias, mas somente foi descoberta na sexta-feira passada por João Bosco da Silva, sobrinho dele, que sentiu sua falta e foi em busca de informações.
 
Segundo a delegada Débora, o sobrinho percebeu o mau cheiro vindo do quintal e acabou encontrando o corpo enterrado na cisterna. Na tentativa de encobrir o ilícito, os criminosos colocaram tábuas sobre a boca da cisterna e ali improvisaram um chuveiro para tomar banho.

Na segunda-feira, a delegada interrogou mãe e filho que devem permanecer presos, já que o crime foi cometido pelo menor induzido pela mãe. De acordo com a polícia, Maria Helena Lopes de Alvarenga morava de favor na casa do aposentado que estava pedindo para a família desocupar a residência. Foi quando eles tiveram a ideia de matar o proprietário e ocultar o cadáver da forma inusitada que fizeram.

A delegada mostrou à imprensa, na segunda-feira, o pedaço de pau utilizado no crime e repassou mais detalhes sobre a tragédia que agitou a cidade de Ribeirãozinho.

O menor foi conduzido para a Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente (Deca), onde permanecerá internado aguardando sentença. A mãe tentou justificar a crueldade do crime pelo medo que ela tinha, juntamente com o filho, de ficar sem um lugar para morar porque seriam despejados pelo aposentado. Ela alega que não mandou o filho cometer o homicídio, mas no momento da discussão o menor perdeu a cabeça e agrediu a vítima com várias pauladas na cabeça.
 
Na década de 80, aconteceu um crime parecido com este no bairro de Vila Maria, em Barra do Garças, quando um ex-militar matou e enterrou a esposa no quintal, dentro de uma cisterna. O mais impressionante nessa história que abalou a população barra-garcense na época foi que o corpo somente foi encontrado depois de muita insistência da mãe da vítima que dizia que num sonho a filha havia lhe mostrado onde estava o seu corpo.