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Domingo, 28 de abril de 2024

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Cientistas brasileiros apontam forma "rapidamente fatal" da gripe suína

Foto: Reprodução

Cientistas brasileiros apontam forma
Pessoas que morreram contaminadas com o vírus da gripe suína (H1N1) contraíram uma forma "rapidamente fatal" da doença, e em consequência disso faleceram com danos graves nos pulmões --apesar de a doença se manifestar de diferentes maneiras em cada pessoa--, indicou um estudo divulgado na quinta-feira (24).


No primeiro estudo deste tipo, pesquisadores do Brasil examinaram 21 pacientes com idades entre 1 e 68 anos que morreram em São Paulo com o vírus H1N1 entre julho e agosto deste ano.

Todos os pacientes "apresentaram uma forma progressiva e rapidamente fatal da doença", apontou o estudo, que será publicado na edição de 1º de janeiro do "American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, da American Thoracic Society".

Pulmão danificado

Os cientistas descobriram que todos os pacientes estudados morreram com uma condição severa e aguda nos pulmões, e identificaram entre eles três padrões de danos ao pulmão, concluindo que a gripe suína "mata de diferentes maneiras".

"Todos os pacientes têm um quadro de ferimento pulmonar agudo", afirmou Thais Mauad, professora associada do departamento de Patologia da Universidade de São Paulo (USP), que coordenou o estudo.

No entanto, enquanto alguns dos pacientes apresentavam apenas danos agudos nos pulmões, outros tinham também uma bronquiolite necrosante --uma inflamação severa dos bronquíolos--, e em outros havia um "padrão hemorrágico", explicou Mauad.

Pacientes com bronquiolite necrosante têm mais tendência a desenvolver uma coinfecção bacteriana; por outro lado, pacientes com doenças cardíacas ou câncer têm mais tendência a apresentar um quadro de hemorragia nos pulmões.

"É importante ter em mente que pacientes com condições médicas preexistentes devem ser monitorados adequadamente, já que correm risco maior de desenvolver uma infecção severa com H1N1", destacou Mauad.

Dos 21 pacientes incluídos na pesquisa, 16 apresentavam condições médicas preexistentes, como doenças cardíacas ou câncer.

Os cientistas também encontraram evidências de "uma resposta imunológica aberrante" nos pulmões de alguns dos pacientes, o que "sugere que uma resposta inflamatória extremamente vigorosa foi estimulada pela infecção viral e pode se espalhar para o tecido pulmonar, danificando-o e causando um dano agudo ao pulmão e falência respiratória fatal", indicou John Heffner, ex-presidente da American Thoracic Society.
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