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Domingo, 28 de abril de 2024

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Secretária invoca portaria do TCE para justificar falta de médicos

Foto: Mayke Toscano/A Semana

Secretária invoca portaria do TCE para justificar falta de médicos
Nada menos que oito das treze unidades de saúde de Barra do Garças onde funciona o Programa Saúde da Família (PSF), do governo federal, estão sem médicos desde 1º janeiro porque a prefeitura não renovou os contratos dos médicos temporários lotados nessas unidades.

 
A secretária de Saúde de Barra do Garças, Daniela Salun, falou sobre o assunto na manhã de quarta-feira (13) e alegou que existe uma portaria do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) permitindo às prefeituras não renovarem contratos em janeiro em algumas áreas como Educação ou Saúde. Portanto, segundo ela, não haveria nenhuma irregularidade em deixar os contratos dos médicos temporários para fevereiro.
 
Segundo a secretária, os pacientes estão sendo orientados nos bairros onde não há médicos a procurar outras unidades, policlínicas ou o Pronto-Socorro, e acredita que isso não está causando nenhum desconforto para a população.
 
Entretanto não é isso o que pensam os moradores de Barra, como o senhor Lázaro Estevão, 52 anos, com feridas pelas costas que procurou médico no seu bairro (União) e não encontrou. Esteve no Cecap e também não conseguiu atendimento. E pela terceira vez, ele foi até a Policlínica do Santo Antônio e não foi atendido. "Eu fui em três postos de saúde e não tinha médico. A saúde não espera", argumentou.
 
Seu Lázaro estava acompanhado da filha Alessandra Martins que resolveu ir ao Pronto-Socorro, onde recebeu mais um "não", pois havia somente um médico para atender toda a demanda.

O diretor do Polo Regional de Barra do Garças, Franco Danny, mostrou-se surpreso com a informação de que o Tribunal de Contas permite essa situação de unidades do PSF ficarem sem médicos e voltou a afirmar que a Secretaria de Estado de Saúde já notificou a prefeitura para recontratar os médicos o quanto antes. O diretor do polo não quis entrar no mérito se o TCE permite ou não permite; no entendimento dele, o município passa por um surto de dengue e todos os esforços são indispensáveis para combater o avanço da doença na cidade. E isto inclui, obviamente, a presença de mais médicos no atendimento básico dos postos de saúde.

O coordenador estadual de Vigilância Ambiental, Oderban Lira, fez a mesma orientação para que os médicos sejam contratados novamente, destacando que o município pode ser penalizado com a suspensão dos recursos federais do PSF caso o Ministério da Saúde fique sabendo que as unidades estão sem médicos. A presidente da Câmara Municipal, Antônia Jacob, que já foi secretária por 12 anos, preferiu evitar a polêmica dizendo que não tinha conhecimento da falta de médicos nas unidades.

A falta de médicos superlotou as policlínicas do São José e Santo Antônio e o Pronto-Socorro de Barra do Garças. As unidades onde os médicos temporários não foram recontratados são: Vila Maria, Jardim Palmares, Manga Rosa, Jardim Araguaia (Cohab), Jardim das Mangueiras, Campinas, Nova Barra e São Sebastião. Os postos de saúde com médicos são os do Jardim Pitaluga, Policlínica Santo Antônio e Centro. Já nos dois restantes (um na zona rural e outro no distrito de Indianópolis), não se conhece ainda a real situação.
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