A secretaria estadual do Ambiente liberou para receber turistas quatro pousadas na Enseada do Bananal, em Ilha Grande, Angra dos Reis, local onde morreram soterrados por deslizamentos de terra e pedras 32 pessoas na virada do ano. A decisão foi anunciada hoje (22) pela secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, que participou de uma vistoria naquela região ontem (21).

A única pousada que continua interditada na área é a Sankai, que foi parcialmente destruída no deslizamento na madrugada de 1º de janeiro. Vinte e uma pessoas foram mortas em outros deslizamentos no centro de Angra.

O governador Sérgio Cabral, ao visitar Angra dos Reis no dia 2 de janeiro, proibiu qualquer atividade turística na Enseada do Bananal.

Na opinião de especialistas do governo, a visita técnica de ontem (21) serviu para definir as intervenções que vão ser feitas para recuperar a região. Segundo Marilene, no Bananal será feito um trabalho de terraplanagem e, depois, será construída uma barragem de pedras, na área do deslizamento. A preparação deve servir para nivelar o terreno e dar sustentação ao solo para evitar novos deslocamentos de terra.

“Será feito também um trabalho de reflorestamento e paisagístico no local, com investimentos de R$ 6 milhões, de um total de R$ 80 milhões liberados pelo Ministério da Integração para as obras de recuperação do município de Angra”, disse Marilene. Ela afirmou ainda que o começo das obras está previsto para o início de fevereiro.

A Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia de Angra dos Reis resolveu adiar o início das aulas na cidade para o dia 1º de março porque algumas escolas ainda estão sendo usadas como abrigos pelas vítimas de enchentes e deslizamentos. Os professores voltam às atividades no dia 22 de fevereiro, para que possam planejar o ano letivo.