As placas de Budapeste indicam todos os seus pontos turísticos básicos e obrigatórios, mas não levam a um vão de aproximadamente um metro e meio que separa duas casas da pequena e mal iluminada rua Csengery. E assim o turista perde a oportunidade de ir além dos cartões-postais da capital húngara.

Quem se aventurar pela fresta, no entanto, caminhará poucos metros com a sensação de passar por um buraco de fechadura, até o final do corredor que desemboca no jardim de entrada do bar Pótkulcs (expressão húngara que significa "chave reserva").

Porta adentro, surge uma taverna cinematográfica, onde se come e bebe com abundância num clima sempre alegre e ambientado com boa música. O bar só fecha às quartas-feiras e, em todos os outros dias, até meia noite, serve pratos típicos da Hungria - que, geralmente, envolvem algum tipo de queijo ou carne - e do leste europeu, como a sopa goulash (à base de carne com temperos locais).

Depois desse horário - e mesmo antes, para muitos dos freqüentadores -, as mesas e o balcão ganham a decoração de taças de vinho, copos de cerveja e de bebidas húngaras, como o unicum (livremente traduzido: Acelerador Nacional Húngaro).

Uma escadinha, à esquerda do balcão, leva a uma espécie de porão onde se pode participar de uma partida de pebolim ou simplesmente curtir um show ao vivo, relaxando num dos sofás. O estilo das apresentações varia de música típica húngara medieval e contemporânea a bossa nova, afro-rock e música eletrônica.

Para não passar batido, anote o endereço do Pótkulcs: Csengery utca, 65/b - perto das estações de metrô Nyugati (linha azul) e Oktogon (linha amarela). Não esqueça: deve-se, literalmente, entrar na parede. O bar abre de quinta a sábado, das 17h às 2h30 e, de domingo à terça, das 17h às 1h30. Não é cobrada a entrada. Para saber mais, consulte o site www.potkulcs.hu (disponível em húngaro e em inglês).