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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Rainhas gastam o equivalente a um apartamento para desfilar no carnaval

Além de fama e samba no pé, as rainhas de bateria precisam desembolsar uma grana preta para sair à frente das escolas. Só a fantasia que usam no dia do desfile não sai por menos R$ 40 mil.

Foto: Marcos Serra Lima/EGO

Shayene gastou R$ 120 mil em roupas

Shayene gastou R$ 120 mil em roupas

Além de fama e samba no pé, as rainhas de bateria precisam desembolsar uma grana preta para sair à frente das escolas. Só a fantasia que usam no dia do desfile não sai por menos R$ 40 mil. Os vestidos de ensaios custam, em média, R$ 3 mil. Se somar a isso os gastos com tratamentos estéticos, plásticas, cabelo e maquiagem, a soma ultrapassa - com muita sobra - os R$ 100 mil.


“Esse negócio de carnaval é fogo mesmo. Você entra com dinheiro e sai falida”, diz Nicole Bahls, musa da Mangueira.

A ex-nora de Luma investiu tanto na produção que acabou gerando ciúmes entre as outras musas da escola. Em um ensaio da bateria, Nicole atraiu todos os flashes ao aparecer com um vestido todo trabalhado, enquanto a rainha Renata Santos usava um sortinho jeans e camiseta. Uma semana mais tarde, no ensaio técnico, Renata caprichou no visual apostando num vestido bordadíssimo, orçado em R$ 5 mil. Só no figurino dos ensaios, Renata desembolsou mais de R$ 20 mil.

"Faço tudo que está ao meu alcance por essa escola. Meu único retorno é ser elogiada por estar sempre bonita", explica a rainha da Mangueira, capa da "Playboy" de fevereiro.
Carnaval é para quem pode

Segundo Michel Marssola, estilista responsável pelos figurinos da Mulher Melão, Luciana Picorelli e Shayene Cesário, a guerra de vaidades entre musas e rainhas acabou inflacionando o mercado.

"Quantas mais musas nas escolas, mais as mulheres gastam. Nehuma quer ficar por baixo", analisou Michel, que atribuiu o custo elevado das roupas ao material utilizado. "Uma pena de faisão custa pelo menos R$ 150. Tem fantasia com 600 penas. Todos elas querem cristais swarovski, ninguém quer cópia, não."

Se por um lado as escolas fazem de tudo para atrair mídia para elas, por outro as moças não medem esforços para sair bem na foto. Apostam que uma boa imagem no caraval garanta bons contratos depois da folia. Shayene Cesário, rainha do carnaval, foi aos Estados Unidos comprar pedras para sua fantasia, "as mesmas que Beyoncé usa", diz ela.

Depois da folia

"Quando passar o carnaval, vou voltar a me dedicar à carreira de atriz. De alguma forma, ser rainha do carnaval, me abriu as portas", acredita.

Gracyanne Barbosa, rainha da Unidos de Vila Isabel, reconhece que o investimento no carnaval é alto - ela gastou R$ 80 mil nas fantasias do Rio e São Paulo, e mais R$ 20 mil com as roupas dos ensaios -, mas acredita que o retorno é ainda maior.

"O que o carnaval me dá o ano inteiro, dá para pagar, com sobra, o que gasto com fantasias", admite

Em crise com o namorado e desapontada com a guerra de vaidades do carnaval, Luciana Picorelli cogita até abandonar a folia no ano que vem. “É muito gasto. Tem que trabalhar o ano inteiro para fechar as contas. Não adianta desfilar feia e todo mundo falar mal. Carnaval é para quem pode, não é para quem quer. Depois do folia, fica todo mundo endividado mesmo. Tudo o que se gasta daria para comprar um apartamento”, lamenta a rainha de bateria da União da Ilha que investiu R$ 50 mil só na fantasia do desfile.

Turbinada pré-folia

Valeska Popozuda, que prefere nem calcular os custos da folia “para não se assustar”, trocou a prótese de silicone para fazer bonito à frente da bateria da Porto da Pedra. Os gastos, conta, são todos pagos com a renda dos shows da Gaiola das Popozudas. “O grito da galera quando a gente pisa na Sapucaí é impagável”, justifica.

Shayene Cesário foi outra que decidiu turbinar o visual antes de entrar na Avenida. A rainha do carnaval colocou silicone e retocou o nariz, ao custo de R$ 19 mil. Tathiana Pagung, que não economizou na produção da fantasia - vai gastar R$ 75 mil entre a fantasia e uma jóia que escolheu para completar a produção - gastou ainda R$ 1.800 para fazer BackShape, uma espécie de minilipo antes da folia.

"Deixo de trocar de carro, economizo em outras coisas, parcelo tudo, mas entro na Avenida com a fantasia que imagino. Paixão não se explica, se sente. É um vício. Quem olha de fora, acha um absurdo realmente, mas só estando comprometido para entender o que significa", conta Pagung.
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