A Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Prefeituras de cidades atingidas pelas chuvas vem trabalhando em prol da população, buscando proporcionar o menor desconforto às famílias que foram atingidas por alagamentos em cidades do estado de Mato Grosso. A Defesa Civil divulgou na quinta-feira (18.02) dados dos atendimentos em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Santo Antônio do Leverger, Tangará da Serra e Barra do Bugres.

O major do Corpo de Bombeiros e coordenador a resposta de desastre da defesa civil, Elton Guilherme Crisóstomo, disse que “o objetivo de trabalho da defesa civil é proporcionar a redução de desastres, onde cria-se um conjunto de ações de prevenção e socorro, assistenciais e reconstrutuivas, destinadas a evitar ou minimizar os desastres”, afirmou.

As políticas nacionais de defesa civil está organizada de forma sistêmica denominado Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec). Suas ações são definidas pelo Decreto Federal N° 5.376/05, que compartilha as responsabilidades entre governos federal, estadual e municipal.

Cidades Atingidas em Mato Grosso

Cuiabá – Os bairros que houve registro de alagamentos foram: Parque Atalaia, Georgia, Jardim Pinheiros e Praeirinho. Nestes bairros 30 famílias foram afetadas e 4 outras famílias precisaram ser removidas e levadas para o Ginásio Dom Aquino. O major Crisóstomo informou que o rio Cuiabá chegou a alcançar oito metros, sendo que a meta de alerta é de oito metros e cinqüenta centímetros. Em Várzea Grande, a comunidade da Praia Grande, teve o acesso interrompido devido as fortes chuvas.

“As cidades de Cuiabá e Várzea Grande já voltou a normalidade”, enfatizou o major Elton Guilherme Crisóstomo.

Cáceres – Cidade localizada a 225 quilômetros a Oeste do estado teve fortes enxurradas. As fortes chuvas atingiram aproximadamente 19 bairros. As enxurradas e enchentes ocorreram porque o rio Sangradouro transbordou. Ao todo foram 15 mil famílias afetadas, destas, 180 ficaram desalojadas, 120 desabrigadas e 500 deslocadas. Dados foram divulgados pela Prefeitura do município.

“A defesa civil deslocou duas equipes de pronto atendimento para direcionar e fortalecer as ações de resposta ao desastre. Na operação ainda colaboraram Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Marinha, Exercito Brasileiro e a Prefeitura de Cáceres”, relata o major.

Através da parceria com a Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), foi possível viabilizar ajuda humanitária a algumas famílias. “A atividade resultou em distribuição de cesta básica, filtros d`água, cobertores e colchões”, disse o major Crisóstomo.
Região ainda está sob monitoramento em razão do aumento da cota do Rio Paraguai. Em Cáceres não foi decretado situação de emergência.

Santo Antônio do Leverger – As comunidades atingindas foram: Praia do Poço,Barranco Alto, Serra do Aricá, Pesqueiro, Engenho Velho, Santa Clara e Vale Verde. Três equipes com integrantes da defesa civil e corpo de bombeiros foram deslocados até o município que fica a 34 quilômetros ao Sul da Capital de Mato Grosso. As equipes trarão os números de quantas pessoas estão desalojadas e desabrigadas. A Prefeitura do município também trabalha junto a equipe.

Tangará da Serra – No município a 239 quilômetros a médio-norte, houve registros de fortes chuvas na área rural. A cidade não fez notificação oficial a defesa civil, por isso nenhuma equipe foi deslocada até a cidade. Com o trabalho da prefeitura do município foi possível restabelecer a normalidade da área atingida.

Juara – O município notificou a defesa civil na quarta-feira (17.02), sobre a ocorrência de alagamento, no entanto, não foi preciso o aporte do estado para ajuda humanitária. A defesa civil do município é o responsável pela decretação de situação de emegência.

Barra do Bugres – Área afetada foi rural e urbana, alem de uma comunidade indígena. Ao todo foram nove bairros e comunidades atingidas. Dados disponibilizados pela prefeitura do município enumera que 156 pessoas foram afetadas.Na área rural foi registrados alagamentos no distrito Vão Grande, Açara, comunidade de Capão Verde, Cabaças, Camarinha e Baixius. Área Urbana os bairros atingidos foram: Jardim Maracanã, Jardim Elite e Nova Esperança. A comunidade indígena atingida foi a Umutina.

Para o gerente de resposta e avaliação de danos, Gerson Vargas Lopes, "a defesa civil e o corpo de bombeiros está sempre em alerta para combater qualquer situação adversa. Equipes fazem o acompanhamento e estudos metrológicos e com isso, alertamos a população sobre possíveis riscos de alagamentos e enchentes", conluiu.