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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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CPI quer ouvir funcionário do Flamengo suspeito de pedofilia

O presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), informou que vai convocar para prestar esclarecimentos o alto funcionário do Clube de Regatas do Flamengo suspeito de pedofilia. O requerimento para ouvi-lo será apresentado ainda esta semana na comissão parlamentar de inquérito do Congresso Nacional, em Brasília.


A denúncia contra ele foi feita no dia 3 de fevereiro por uma associada. Ela teria, supostamente, presenciado a cena de pedofilia na Gávea, perto da sede do clube na Zona Sul da cidade.

Segundo Magno Malta, a mulher teria fotos dos supostos abusos. O material está sendo analisado por investigadores da polícia fluminense.

As investigações sobre o suspeito mostraram que ele já respondeu a outra acusação de pedofilia, num processo aberto em 1988 e arquivado em 2000. Malta antecipou que será pedido o desarquivamento do caso.

A denunciante afirma que presenciou a cena de abuso no bar de sua propriedade.

Em entrevista coletiva após a audiência, Cláudio Lopes destacou que, caso seja denunciado, o suspeito pode responder penalmente pelo crime de estupro de vulnerável, previsto na Lei de Crimes Hediondos.

O Ministério Público diz que o suspeito é diretor do Flamengo, mas a direção do clube sustenta que ele é assalariado e, portanto, funcionário.

Suposta vítima é esperada na delegacia

O menino, de aproximadamente 10 anos, e que teria molestado o diretor do clube, é esperado na Delegacia de Crianças e Adolescentes Vítimas (DCAV) nesta quarta (24).

O procurador-geral de justiça do Estado do Rio, Cláudio Lopes, o senador Magno Malta e a promotora do caso, Ana Lúcia Melo, vão à delegacia para saber detalhes sobre o depoimento da suposta vítima.

O delegado da Dcav, Luis Henrique, funcionário do Flamengo é esperado para depor na delegacia na próxima quinta-feira (25).

‘Não ia ficar calada’, diz mulher que denunciou suposto abuso

A mulher que denunciou o suposto abuso é sócia do clube há cerca de 50 anos e já teria sido também funcionária do Flamengo. Em entrevista ao G1, ela disse que decidiu denunciar o alto funcionário por acreditar na “seriedade da presidente Patrícia Amorim”.
“Esses atos libidinosos dele com meninos dentro do clube já são conhecidos há muito tempo. Mas sempre abafaram. Acontece que desta vez eu vi. Não ia ficar calada. E, agora, vou até o fim”, disse a testemunha, que prestou depoimento na polícia e encaminhou a denúncia à Comissão de dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara dos Vereadores.

Funcionário foi afastado preventivamente

Diante da denúncia, a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, depois de se reunir com o conselho do clube, decidiu afastar preventivamente o funcionário suspeito.

O clube também nomeou uma comissão - formada pelos desembargadores Siro Darlan e Marcelo Antero, o juiz do Trabalho José Saba, o advogado criminal Carlos Eduardo Machado e o juiz federal Theophilo Miguel - para recomendar à presidente do clube as medidas a serem adotadas no caso.



O desembargador Siro Darlan, que faz parte da comissão do Flamengo para apurar os fatos, disse que, durante uma conversa que manteve com o suspeito, ele teria admitido ter almoçado em um restaurante com algumas crianças, mas teria negado a acusação de abuso de um menor.



“O Flamengo tem o maior interesse em localizar essa criança e esclarecer tudo isso. Já tomamos a primeira medida, que foi afastá-lo provisoriamente. Agora é apurar as responsabilidades, mesmo que o fato tenha ocorrido fora das dependências do clube”, disseo desembargador Darlan, nesta segunda-feira (22), em seu gabinete, no Tribunal de Justiça.

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