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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Servidores do Sine entram em greve por atraso salarial

Os servidores do Sistema Nacional de Emprego (Sine) municipal de Cuiabá declararam estado de greve por tempo indeterminado em decorrência de quatro meses de atrasos salariais, além de exigências de melhorias na estrutura física do local. O anuncio foi feito na tarde desta quarta-feira (17), no prédio do Sine que fica no bairro Parque Cuiabá, na regional sul da Prefeitura.


“A informação que temos é que a verba do Sine é federal, já estava na conta da Prefeitura e sumiu”, contou Mairene Dulce, atendente do Sine. Ela e outros empregados do Sine fizeram questão de salientar o fato de os problemas salariais acontecerem desde a inauguração do serviço, há cerca de dois anos.

Inclusive, os trabalhadores fazem questão de frisar o fato de o problema ser com a gestão municipal e não com os coordenadores do sistema de distribuição de emprego. “Estamos todos fechados. Se tiver corte terão de mandar do coordenador até o limpa-chão embora”, asseverou Mairene. Ao total, o Sine conta com 20 funcionários.

As negociações com a Prefeitura pouco animam os servidores. “O Paulo César Pereira assumiu a coordenação de finanças de Cuiabá há apenas duas semanas e já pegou o barco cheio de problemas. Ele veio com o discurso igual ao dos anteriores, de que temos de ter paciência, pois os erros e desfalques das gestões passadas foram grandes, mas não engolimos isso”, contou Rosana Dias, também atendente.

Descaso

“O Sine tem tudo para dar certo. A coordenação, os funcionários, tudo funciona muito bem, mas o descaso tem que acabar”, disse Aline Brandão, outra atendente. “Antes, tínhamos um fluxo pequeno de pessoas e um grande número de vagas, então os outros Sines fecharam por um tempo e nosso fluxo aumentou. Justamente aí começaram os problemas”, explicou a atendente, referindo-se a cortes de telefone, internet e falta de estrutura.

De acordo com eles, o 0800 disponibilizado a quem procura emprego está desativado há nove meses, a internet há quatro e os telefones para uso dos atendentes há um mês. “Sem telefones não há como entrar em contato com os empresários e fazer a captação de vagas. (...) Com certeza caiu muito o encaminhamento de trabalhadores”, disse Aline Brandão. “Também estamos sem recursos para fazer visitas técnicas e divulgação do nosso trabalho”, completou a psicóloga Flávia Alessandra Guedes.

Além disso, alguns computadores do local estão fora de funcionamento, goteiras encharcam a sala e infiltrações se espalham pelas paredes. “Nem serviços gerais tem aqui, nós (atendentes) é quem fazemos tudo”, finalizou Aline.

Outro lado

A reportagem do Olhar Direto procurou Paulo Cesar Pereira para obter esclarecimentos dos fatos, no entanto, por ter assumido o cargo há pouco tempo, ele preferiu que Cristiano Nogueira, diretor de Geração de Emprego, o qual não atendeu nenhuma ligação.
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