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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Falha no judiciário

Tribunal de Justiça anula provas de concurso para juízes após extravio

Foto: Lucas Bólico/OD

Desembargado Rui Ramos presidente da comissão do Concurso Público para Ingresso na Carreira da Magistratura do Estado de Mato Grosso

Desembargado Rui Ramos presidente da comissão do Concurso Público para Ingresso na Carreira da Magistratura do Estado de Mato Grosso

O extravio de provas do concurso público para magistrados forçou o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ-MT) a cancelar a primeira fase da segunda etapa do certame. O desembargador Rui Ramos Ribeiro, presidente da comissão que organiza o concurso, informou que 16 provas foram extraviadas, obrigando a comissão a refazer a etapa.


Segundo Ramos, o extravio não foi de má fé, e sim falha humana. “Eu conheço todos os fiscais e conheço a lisura deles. Essas duas pessoas foram minhas alunas na Unic”, afirmou. Os dois fiscais em questão eram os responsáveis pela sala 2, onde 49 candidatos realizaram as provas.

Ramos reconheceu que o cancelamento da etapa pode arranhar ainda mais a imagem do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ-MT), mas segundo ele a decisão teve de ser tomada para manter a idoneidade do processo. “Sei que vai ser bastante divulgado, sei que vamos ficar arranhados, sei que vamos ficar na mídia por um bom tempo”.

Entenda a falha ocorrida na prova

As provas não contêm os nomes dos candidatos para não interferir na correção. As avaliações são identificadas por meio de um código de barra. Separadamente da prova vem uma etiqueta com o código de barra e o nome do concursando. Ao término da prova, a folha da avaliação (sem o nome do candidato) deveria ser lacrada em um envelope e a etiqueta com a identificação em outro.

O equívoco que desencadeou o cancelamento da etapa ocorreu na sala dois. Os fiscais teriam se enganado e deixaram 16 provas fora do envelope lacrado. Como o envelope com a identificação dos candidatos não é aberto antes da correção, ninguém se deu conta erro.

Trinta e três provas foram corrigidas. O erro só foi constatado na hora de abrir o recipiente onde se encontravam as etiquetas com a identificação. A sala dois tinha 49 etiquetas de identificação e 33 provas corrigidas.

Percebido o erro, o cruzamento de provas e etiquetas continuou até o fim e foi constatado que o equivoco havia ocorrido apenas na sala dois. Então os servidores do TJ fizeram a busca na pasta de papeis inutilizados e encontraram as 16 provas ‘esquecidas’- na pasta de papeis inutilizados ficam guardados os papeis que sobraram durante a realização da prova.

A fase cancelada deverá ser realizada novamente nos próximos 15 dias. O Tribunal de Justiça tem prazo de 18 meses para concluir o concurso.
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