Depois de as investigações sobre a morte da estudante Eiko Uemura terem sido ‘desmoralizadas’ pelo promotor da comarca de Chapada dos Guimarães, César Danilo Ribeiro de Novais, o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Márcio Pieroni, voltou a reafirmar que a jovem não cometeu suicídio, mas foi assassinada pelo amante, o advogado Sebastião Carlos Araújo Prado.

“Foi ele (Sebastião) quem matou ela (Eiko), não mudo minha conduta”, enfatizou Pieroni, ao destacar que foi o responsável pela elaboração de um relatório com quase 90 laudas sobre a morte da estudante.

Segundo o titular da Homicídios, a estudante de Direito foi assassinada no dia 29 de abril de 2009, no “Portão do Inferno”, em Chapada dos Guimarães. No primeiro relatório elaborado pelo delegado João Bosco, concluído em maio do ano passado, Eiko teria cometido suicídio.

Após muitas polêmicas, no último dia 11 o Ministério Público Estadual (MPE) pediu o arquivamento do processo e confirmou a tese de suicídio, conforme o primeiro relatório.

Ao assumir as investigações Pieroni chegou a pedir a prisão do advogado e amante de Eiko, sob a acusação de ser o mandante do crime, mas o MPE, na época, se posicionou contrário às prisões.

No entendimento da Promotoria de Justiça Criminal as evidências apontam para suicídio e não homicídio. O Ministério Público baseou-se nas provas testemunhais e em três laudos técnicos: necroscópico, perinecroscópico e grafotécnico.