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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

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Investigações

Suspeito tem perfil violento e pode ter estuprado Eiko antes de matá-la

Foto: Olhar Direto

Advogado Sebastião Carlos, amante de Eiko, é apontado nas investigações como mandante do crime

Advogado Sebastião Carlos, amante de Eiko, é apontado nas investigações como mandante do crime

Depois de quase um ano de investigação o caso Eiko está próximo de ser desvendado. A polícia já tem a identificação do mandante e executores da estudante Eiko Nayara Uemura (23), morta no dia 29 de abril do ano passado, e que teve o corpo jogado no Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães. Entre elas, o advogado Sebastião Carlos Araújo Prado, amante da vítima, e que figura como o mandante no crime. As investigações apontam ainda para a suspeita de que a estudante foi vítima de estupro.


O delegado Márcio Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista ao Olhar Direto contou que um dos suspeitos pelo crime apresenta perfil violento, diante da análise comportamental realizada. Isso leva a crer, segundo o próprio delegado, que a jovem foi abusada e violentada.

“Quando a garota foi encontrada, ela estava de sutiã e ao que tudo indica houve tortura e violência”, declarou Pieroni que preferiu manter os nomes em sigilo até a conclusão do inquérito que deverá ocorrer nos próximos dias com pedidos de prisão.

O delegado observou que a não realização de exames de conjunção carnal na jovem é o que prejudica a linha de investigação. O caso Eiko, desde o início, tem sido marcado por reviravoltas.

De acordo com a polícia, na noite do crime, a estudante teria sido seqüestrada após parar em num posto de combustível na Avenida Rubens de Mendonça (do CPA), onde iria se encontrar com o amante, o advogado Sebastião Carlos Araújo Prado. Suspeitos teriam feito abordagem e levaram os dois para o Portão do Inferno.

No porta-malas do carro do advogado Sebastião Carlos Araújo Prado foi encontrado fios de cabelos. Além disso, o resultado do DNA dos dentes supostamente de Eiko enviados para o laboratório forense da Universidade Federal de Alagoas apontou ser de um homem e não de uma mulher levantando suspeita sobre uma possível troca do material. O delegado informou que não recebeu até o momento o resultado da nova análise solicitada.
Conforme o Olhar Direto apurou, o caso ainda depende do depoimento de uma testemunha-chave, que inclusive teria participado do crime, e estaria “desaparecida” após relatar os fatos ao delegado Márcio Pieroni.

O caso corre em segredo de justiça e muitas especulações surgiram desde a morte de Eiko, que também era investigada na Operação Gafanhoto, deflagrada com objetivo de desarticular uma quadrilha liderada pelo tio dela, Julio Uemura.

Relembre o caso

Inicialmente, o delegado João Bosco, titular de Chapada do Guimarães e primeiro a investigar o caso – em decorrência da jurisdição de onde aconteceu a morte – trabalhou com a hipótese de suicídio.

Ele descobriu que a jovem, estudante de Direito, teria sido demitida do escritório de advocacia onde estagiou por alguns meses, no mesmo dia da morte. Além disso, ela era alvo de recriminações por parte dos colegas de faculdade e sofria ataques diversos na internet. Fatos derivados da ligação com um suposto chefe de uma máfia comparada ao grupo de João Arcanjo Ribeiro.

Eiko Uemura era sobrinha do empresário do ramo de hortifrutigranjeiros Júlio Uemura, o qual foi preso durante Operação ‘Gafanhoto’, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em março de 2009. Ele é acusado por formação de quadrilha, estelionato, tráfico de influência e extorsão; a sobrinha aparecia nas investigações como suposta laranja de uma empresa fantasma.

Além disso, depoimentos de amigos o levaram a crer que a jovem tinha um temperamento extremista. Para aumentar a carga de tensão, ela vivia um relacionamento cheio de idas e vindas com um homem casado: o advogado Sebastião Carlos Araújo Prado.

O advogado foi o último a falar com Eiko. Na noite do crime, ela teria ligado para ele e, antes de morrer, ainda teria enviado uma suposta mensagem. Nessas circunstâncias, Sebastião Carlos foi cogitado como suspeito de ter assassinado a jovem. Todavia, na noite da morte da jovem ele estava em uma reunião de condomínio e tinha a assinatura da ata de presença como álibi.

Em meio a tudo isso, ainda houve o sumiço de diversas joias da família Uemura. A jovem as teria furtado, em outra ocasião, e entregue ao amante para que ele fizesse uma avaliação. Após a morte da garota, as joias reapareceram, ou parte delas. Rosidei Taques Uemura, prima de Eiko, afirmou que nem um terço das joias foi devolvido.

Todos esses fatores, somados ao resultado de laudos periciais que apontavam a morte da jovem em decorrência do salto de 200 metros de altura, levaram João Bosco a acreditar na tese de suicídio.

O laudo que mudou tudo


Mais de dois meses após a morte da jovem, uma exumação foi realizada para que um novo laudo, desta vez mais detalhado, pudesse ser feito. O resultado foi a alteração de todo o rumo das investigações. Eiko havia sido morta antes de cair no precipício.

Das mãos do delegado João Bosco, o caso foi para Márcio Pieroni, atual titular da DHPP. De lá para cá as investigações passaram a correr em segredo de Justiça.
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