A morte da jovem Eiko Uemura, 23, continua causando polêmica devido a investigação conturbada que após há mais de um ano vem chamando a atenção, principalmente, da defesa do advogado Sebastião Carlos Araújo Prado, suspeito de ter participado do assassinato, que deverá questionar judicialmente as provas do caso.

“Todo esse embaraço tem sido culpa do estado. A princípio a investigação apontou para suicídio, depois virou homicídio e são várias as divergências que envolvem o caso. A gente nunca negou que ela andou no carro dele (Sebastião), por isso o fio de cabelo encontrado no veículo não prova nada e também não foram encontradas manchas de sangue. Vamos questionar as provas e a culpa é do estado”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto o advogado Ulisses Rabaneda, que defende Sebastião.

Rabaneda até então não tinha tido acesso ao inquérito, porque corria em segredo de justiça, porém ele conseguiu uma liminar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe concedeu acesso às investigações. Agora Lee deverá analisar o caso e avaliar as medidas que poderão ser tomadas.

O caso Eiko desde o início foi marcado por mistério. Na época da morte, a jovem era investigada por participar de um esquema de lavagem de dinheiro liderado pelo tio Julio Uemura, então, descobriu-se também que ela mantinha um caso com o advogado Sebastião Carlos e de acordo com testemunhas ela teria furtado as jóias da família para fugir com o amante.

A princípio as investigações e os primeiros laudos apontaram para suicídio, porém um mês depois o corpo da jovem foi exumado e constatou-se que ela havia sido torturada antes da morte. O delegado Márcio Pieroni, que acompanha o caso, não descarta que ela também tenha sido estuprada.

Outra polêmica no caso foi a respeito do exame feito nos dentes supostamente de Eiko, que apontaram para um DNA masculino. Por último, foi comprovado que os fios de cabelos encontrados no carro do suposto amante seriam da jovem e estariam no porta-malas.