A secretária de Gestão Financeira da Câmara Municipal de Cuiabá durante o período em que a reforma superfaturada do Legislativo foi feita, Circe da Guia Medeiros Couto, acabou caindo em contradição durante o depoimento prestado à CPI que apura o caso.
Couto afirmou em um primeiro momento que apenas efetuou os pagamentos da obra após a autorização do então presidente Deucimar Silva (PP), depois assumiu que teve participação "mais ativa” no processo. A servidora admitiu ter entrado em contato com o então servidor da Prefeitura de Cuiabá Validus Augusto, para pedir que esse, seu amigo, fizesse a minuta do edital.

Circe também contradisse o depoimento da presidente da Comissão de Licitação da obra, Izanete Gomes da Silva, que havia dito que Circe a convenceu a aceitar o posto de presidente da Comissão e a "orientou" que o trabalho seria apenas assinar uma papelada.

Izanete também chegou a afirmar durante depoimento que Deucimar a orientou a apenas assinar os documentos da licitação, mas após mudou o depoimento após o pepista chamá-la para uma conversa. Após falar com Deucimar, Izanete retirou o nome do ex-presidente da ata e manteve apenas Circe.

“Não fiz nada para ela aceitar, ninguém colocou uma faca no pescoço dela”, desmentiu veementemente.

Para afastar qualquer suspeita, Circe fechou seu depoimento dizendo que sempre foi conhecida por ter “mãos de ferro” e seriedade no serviço público.

Atuailizada às 20h