O relator da CPI do Deucimar, Misael Galvão (PR), promete que o inquérito que apura o superfaturamento das obras de reforma da Câmara em 2009 não acabará em pizza. “Disso vocês podem ter certeza, [a CPI] não acabará em pizza, nós estamos realizando um trabalho sério”, garantiu.

Nas duas últimas semanas, a CPI ouviu seis envolvidos e ou citados nos depoimentos. As falas, no entanto, não foram esclarecedoras. “Os depoimentos foram contraditórios”, afirmou o presidente da comissão, vereador Edivá Alves (PP).

Até o momento ninguém se responsabilizou pelas planilhas com os preços superfaturados. O engenheiro Carlos Anselmo, que assina o documento, afirma que já recebeu pronto.

O secretário de Habitação do município, João Emanuel, afirma que apenas cedeu o engenheiro para a Câmara e não tem nada a ver com a obra. E Deucimar, que efetuou os pagamentos, culpa o engenheiro e a Secretaria de Habitação.

Duas peças-chave no inquérito ainda devem ser ouvidas e podem esclarecer um pouco do que ocorreu no superfaturamento da obra; Alexandre Lopes, representante da empresa que executou a obra, e a servidora Sinara Marcondes.

O representante da Alos Construtora Ltda., empresa que realizou a obra, não compareceu duas vezes à oitiva, mas afirmou que prestará esclarecimento, e a funcionária da Câmara, Sinara Marcondes, não compareceu sob a alegação de estar passando por uma gravidez de risco.

Sinara foi citada pelo servidor da prefeitura à época Validus Augusto, que realizou a minuta do edital da licitação. De acordo com Augusto, foi Sinara quem passou os valores da obra para serem colocados no edital de licitação.



Atuailizada às 11h19.