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Sábado, 01 de junho de 2024

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Decreto que suspendia emissão e convalidação de cartas de crédito em MT expira; compensação é retomada

O prazo de validade do decreto governamental que suspendia a compensação de cartas de créditos emitidas em Mato Grosso por conta de fraudes detectadas na emissão desses documentos e que culminaram na Operação Cartas Marcadas, deflagrada em dezembro do ano passado, expirou e o governo estadual já retomou as compensações.


À época da suspeita de fraude detectada pela Auditoria Geral do Estado, o governador Silval Barbosa afirmou que, além das medidas preventivas, o referido decreto foi editado para suspender em caráter imediato a emissão de novas cartas de crédito de todos os processos de pagamento em trâmite na pasta fazendária.

Os papéis em questão foram emitidos no valor de R$ 636 milhões pelo governo após acordo judicial firmado com aproximadamente 300 agentes de administração fazendária (AAF). Os servidores buscavam desde 1996, por meio de um processo judicial, equiparar seus vencimentos com os das categorias do Grupo TAF, também ligada à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).

Os servidores ganharam a causa em todas as instâncias e, após uma articulação política do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) junto ao sindicato da categoria, aceitaram assinar um acordo com o governo para encerrar a pendenga judicial. Um cálculo do sindicato, em conformidade com a Sefaz, apontou que os servidores deveriam receber créditos na ordem de R$ 1,29 bilhão a título de indenização, mas os servidores estavam dispostos a abrir mão de mais de 60% do valor.

Em 2008, o acordo – financeiramente vantajoso para o Estado – foi assinado e o governo procedeu à emissão de R$ 480 milhões em cartas de crédito em favor dos AAF. Devido ao pagamento de honorários e a descontos classificados como irregulares, como imposto de renda sobre verbas indenizatórias, mais tarde o governo ainda emitiu mais certidões.

Porém, indícios de fraude na emissão dessas cartas, constatados pela Auditoria-Geral do Estado (AGE) – segundo a qual na verdade deveriam ter sido emitidos apenas R$ 142 milhões em títulos – levaram a Delegacia Fazendária (Defaz) a deflagrar a operação Cartas Marcadas em dezembro do ano passado. Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão, inclusive no apartamento da sogra de Fabris em Ribeirão Preto-SP.

PGE

Após o escândalo, o governador, ainda no ano passado, mandou suspender a emissão de cartas de crédito. As investigações policiais, por sua vez, prosseguiram.

A Sefaz instaurou procedimento interno para averiguar a conduta de seus servidores no caso e a PGE constituiu uma comissão de procuradores para avaliar o assunto, a qual acabou elaborando parecer opinativo ao governo recomendando a convalidação dos papéis emitidos sob o argumento da segurança jurídica e até mesmo da economia aos cofres públicos.


Atualizada
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