A Polícia Civil revelou que o servidor terceirizado afastado da Secretaria de Fazenda (Sefaz), Edson Rodrigo, partícipe confesso do esquema de rombo na Conta Única do Estado, só passou a perpetrar fraudes no sistema BB PAG por pressão da coordenadora do controle da Conta Única do Estado, Magda Mara Curvo Muniz, considerada foragida.

Desta forma, a polícia contradiz o que declarou nesta quarta-feira (09) o advogado de defesa de Magda, segundo o qual a confissão de Edson em interrogatório à Delegacia Fazendária (Defaz) na tarde de ontem não compromete a situação de Magda.

Dentre os detalhes revelados à delegada Cleibe de Paula, Edson informou que, quando passou a trabalhar como servidor terceirizado na Sefaz, Magda já se encontrava ali há muito tempo. Ele logo ficou sabendo da existência do esquema de fraudes nas informações repassadas ao sistema BB PAG (canalizador online de pagamentos oriundos da Conta Única). Ao procurar Magda para falar a respeito ela então passou a pressioná-lo para que entrasse no mesmo esquema.

Tanto Edson quanto Magda cooptavam pessoas cujos nomes e contas bancárias eram utilizados para receptar repasses ilícitos de recursos oriundos da Conta Única. Só Edson afirmou ter cooptado 11 dos 32 “laranjas”.

De cada repasse realizado a contas correntes cooptadas por ele (cujos nomes foram todos informados à polícia), Edson recebia comissão de 20%. Os demais 80%, declarou, ficavam com Magda.

Ainda na manhã desta quarta-feira, o advogado de Magda, Roger Fernandes, negou que ela atuasse como chefe de qualquer quadrilha dentro da Sefaz. “Ela não era chefe nem do setor dela”, alegou o defensor, que ainda estava tentando ter acesso ao inquérito do caso.

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