As comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara Federal convocou representantes dos Correios para ouvir explicações sobre supostos desvios no Postalis, o Fundo de Pensão privado que administra o dinheiro dos pensionistas e dos servidores da autarquia ligada ao Ministério das Comunicações. A reunião está marcada para a próxima semana.

Segundo denúncias veiculadas na grande imprensa, juntando déficit e dívida, o rombo nas contas do Postalis, acumuladas desde 2010, chegam a R$ 2 bilhões e está sendo pago pelos funcionários. 

Desde abril, estão sendo descontados dos salários dos funcionários dos Correios o equivalente a 3,94% do valor do benefício que terão direito quando se aposentarem.

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De acordo com o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), os problemas aumentaram quando os responsáveis pelo Postalis adquiriram papéis de grupo OGX, do empresário Eike Batista, que está em situação falimentar.

“Isso causa um prejuízo enorme para o funcionário do Correio, para o carteiro, para o administrativo, o funcionário mais simples, que vai ter de pagar este prejuízo. E quando tem prejuízo como esse quem tem de bancar é o próprio funcionário, é o Correio, que vai tirar do seu orçamento”, critica.

O Postalis é o 14º maior fundo de pensão do Brasil, com patrimônio de R$ 7,68 bilhões, e é o terceiro em número de participantes, com 130 mil pessoas.

É também o fundo que tem o maior déficit, em relação ao patrimônio, entre as grandes fundações. O déficit representa 13% do volume total sob gestão.