Em uma fazenda em Coromandel, no Alto Paranaíba, Minas Gerais, a metade da área de algodão já foi colhida.

De acordo com Leslie Franco, agrônomo responsável pelo grupo que cultiva algodão em outras três propriedades na região, para esta safra, a cultura ocupou uma área 40% maior do que a do ano passado, passou de cinco para sete mil hectares. “O motivo do aumento de área, além da boa rentabilidade financeira, é a vantagem da rotação de cultura com milho e soja. Após o cultivo o algodão, o solo fica com bom resíduo nutricional, que traz excelente redução nos custos de produção e um incremento considerável na produtividade”.

A cultura do algodão teve um crescimento expressivo este ano em Minas Gerais, o aumento é de 110%, em relação à última safra.

A área plantada no estado também dobrou, passando de 15 para 31 mil hectares. “Primeiro porque Minas Gerais tem um dos menores custos logísticos do país. As indústrias têxteis mineiras estão em terceiro em consumo. O mercado é comprador e a logística é fácil. O preço em queda preocupa os produtores, mas acreditamos que o valor deve se manter durante a safra e na entressafra acreditamos que deve estar melhor”, explica Lício de Sairre, diretor da Associação Mineira de Produtores de Algodão.